Não foi o empobrecimento que relançou os bálticos
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Área da cidade velha de Tallinn, Estónia, no final de 2011 Fonte: Bloomberg
O crescimento da Estónia (7,6%), Letónia (5,5%) e Lituânia (5,9%) em 2011 está a ser avançado como um bom exemplo de como as desvalorizações internas podem funcionar. Depois da resistência à desvalorização cambial, o tratamento de choque consequente está, finalmente, a dar resultados, dizem os defensores da estratégia adoptada. Uma análise de Rainer Kattel e Ringa Raudla, da Universidade de Tecnologia de Tallinn, na Estonia, contesta esta visão. No Triple Crisis, os autores expõem o essencial da sua investigação, e concluem que o relançamento báltico não é explicado pela desvalorização interna (no sentido de uma queda prolongada de preços e salários como resultaria da teoria aplicada a economias que experimentaram “booms” de dimensões impressionante), mas antes por dois factores externos à governação que dificilmente serão replicados noutros países: mercados de trabalhos flexíveis (que promoveram elevado desemprego e emigração) e integração nas cadeias de produção europeias. Além disso, e à boleia do VOX que está a promover um debate sobre receitas orçamentais na crise, estamos também a ler:
2. Cotarelli, do FMI, defende a disciplina orçamental, mas insiste que consolidações demasiado agressivas podem matar o paciente (VOX)
3. Grandes males orçamentais exigem grandes curas, respondem Marco Buti e Lucio Pench, da Comissão Europeia (VOX)
Chávez governa por twitter
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Cristina Kirchner e Hugo Chávez, em Caracas em Março de 2008 Fonte: Bloomberg
Hugo Chávez, o presidente venezuelano, internado para tratar um cancro em Havana, tem comunicado ao país as suas decisões através de mensagens na famosa rede social que limita as mensagens a 140 caracteres. A história está hoje no El País e é mais um exemplo de como a América Latina tem sido rica em temas para os jornais espanhóis. O destaque continua no entanto a ir para a nacionalização da empresa da Repsol na Argentina. Também o El País escreve que a estratégia do Governo espanhol deixou de ser a pressão através dos vários fora internacionais, mas antes usar própria diplomacia para garantir uma indemnização justa. Kirchner terá admitido não pagar nada. O caso YPF tem aliás concorrido com outros temas económicos, estes internos, da vizinha Espanha. Os prognósticos são reservados. O Cinco Dias, por exemplo, escreve que a Goldman Sachs estima em 58 mil milhões de euros as perdas necessárias para os bancos espanhóis limparem os seus balanços. O Expansión falou com mais de dez economistas internacionais sobre a forma como olham para o País. No Vox, Daniel Gros e Cinzia Alcidi defendem Espanha tem de ajustar muito mais no imobiliário para sair da crise. Além disso, estamos também a ler:
2. Weidmann: defensor do euro ou o seu coveiro? Um pequeno perfil do presidente do Bundesbank integrado numa análise à crise europeia (Bloomberg);
3. “Os absolutistas do contrato… são os verdadeiros pais da revolução“, disse Keynes, agora citado por Skydelsky num texto em que defende a urgência de baixar o peso da dívida (Project Syndicate)
4. Uma boa análise de Hugo Dixon, ao que o FMI está pedir à Europa (Reuters)
LTRO ou compra directa de obrigações?
LTRO, bond purchases or both? (Jason Rave, Macro Matters). Neste post, Rave defende que os LTRO do BCE são um mecanismo ineficiente de atingir os objectivos que poderiam ser atingidos através da compra directa de obrigações públicas. Além disso, também estamos a ler:
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Espanha no centro do mundo
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Por que é que os juros estão baixos?
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