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Leituras da manhã na redacção do negócios

Não foi o empobrecimento que relançou os bálticos

26/04/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

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Área da cidade velha de Tallinn, Estónia, no final de 2011 Fonte: Bloomberg 

 

O crescimento da Estónia (7,6%), Letónia (5,5%) e Lituânia (5,9%) em 2011 está a ser avançado como um bom exemplo de como as desvalorizações internas podem funcionar. Depois da resistência à desvalorização cambial, o tratamento de choque consequente está, finalmente, a dar resultados, dizem os defensores da estratégia adoptada. Uma análise de Rainer Kattel e Ringa Raudla, da Universidade de Tecnologia de Tallinn, na Estonia, contesta esta visão. No Triple Crisis, os autores expõem o essencial da sua investigação, e concluem que o relançamento báltico não é explicado pela desvalorização interna (no sentido de uma queda prolongada de preços e salários como resultaria da teoria aplicada a economias que experimentaram “booms” de dimensões impressionante), mas antes por dois factores externos à governação que dificilmente serão replicados noutros países: mercados de trabalhos flexíveis (que promoveram elevado desemprego e emigração) e integração nas cadeias de produção europeias. Além disso, e à boleia do VOX que está a promover um debate sobre receitas orçamentais na crise, estamos também a ler:  

  

2. Cotarelli, do FMI, defende a disciplina orçamental, mas insiste que consolidações demasiado agressivas podem matar o paciente (VOX)

 

3. Grandes males orçamentais exigem grandes curas, respondem Marco Buti e Lucio Pench, da Comissão Europeia (VOX)

Chávez governa por twitter

24/04/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

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Cristina Kirchner e Hugo Chávez, em Caracas em Março de 2008 Fonte: Bloomberg

 

Hugo Chávez, o presidente venezuelano, internado para tratar um cancro em Havana, tem comunicado ao país as suas decisões através de mensagens na famosa rede social que limita as mensagens a 140 caracteres. A história está hoje no El País e é mais um exemplo de como a América Latina tem sido rica em temas para os jornais espanhóis. O destaque continua no entanto a ir para a nacionalização da empresa da Repsol na Argentina. Também o El País escreve que a estratégia do Governo espanhol deixou de ser a pressão através dos vários fora internacionais, mas antes usar própria diplomacia para garantir uma indemnização justa. Kirchner terá admitido não pagar nada. O caso YPF tem aliás concorrido com outros temas económicos, estes internos, da vizinha Espanha. Os prognósticos são reservados. O Cinco Dias, por exemplo, escreve que a Goldman Sachs estima em 58 mil milhões de euros as perdas necessárias para os bancos espanhóis limparem os seus balanços. O Expansión falou com mais de dez economistas internacionais sobre a forma como olham para o País. No Vox, Daniel Gros e Cinzia Alcidi defendem Espanha tem de ajustar muito mais no imobiliário para sair da crise. Além disso, estamos também a ler:

 

2. Weidmann: defensor do euro ou o seu coveiro? Um pequeno perfil do presidente do Bundesbank integrado numa análise à crise europeia (Bloomberg);

 

3. “Os absolutistas do contrato… são os verdadeiros pais da revolução“, disse Keynes, agora citado por Skydelsky num texto em que defende a urgência de baixar o peso da dívida (Project Syndicate)

 

4. Uma boa análise de Hugo Dixon, ao que o FMI está pedir à Europa (Reuters)