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Leituras da manhã na redacção do negócios

Os melhores “posts” nacionais sobre o regresso aos mercados

24/01/2013
Colocado por: Rui Peres Jorge

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João
Moreira Rato, presidente do IGCP e Maria Luis Albuquerque, secretária
de Estado do Tesouro, ontem na apresentação dos resultados da emissão Fonte: Miguel Baltazar, Negócios

 

Algumas das análises mais interessantes aos desenvolvimentos desta
semana relacionados com o regresso aos mercados financeiros estão na
blogoesfera. Os impactos da emissão na sustentabilidade da dívida, a
fragilidade da situação nacional, a abertura de um caminho para uma
intervenção do BCE (e logo um segundo resgate) são alguns dos temas
analisados. Vale a pena ler:

Há mais macroeconomia do que por vezes se imagina

27/12/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

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Nada como terminar o ano com uma boa discussão sobre a crise na macroeconomia. Tudo ganhou dimensão com um dos já típicos ataques de Paul Krugman aos economistas
de água doce (os que descreve como não acreditando na utilidade nem
para a política orçamental, nem para a monetária). Para o Nobel da
Economia a macro ainda está podre.
As respostas não se fizeram esperar, com intervenções de algumas das
estrelas da blogoesfera económica dos EUA. Talvez o mais interessante no
debate seja a afirmação por vários economistas de que as posições de
Krugman não são, na verdade, assim tão diferentes das defendidas por
aqueles que critica. Estamos assim a ler:

 

2. Macro, what have you done for me lately?
Noah Smith faz um bom apanhado da recente discussão sobre o estado da
macroeconomia e a diferença entre “água salgada” e “água doce” e defende que não há assim tantas diferenças.

 

3. Oh dear, oh dear, Krugman gets it so wrong, so wrong, on the state of macroeconomics. Lars Syll, no Real-World Economics Review, também defende que Krugman e Mankiw são muito mais parecidos do que fazem crer.

A grande história do momento na política monetária vem do Japão


Colocado por: Rui Peres Jorge

Tim Duy descreve com profundidade e de forma relativamente simples
uma das principais histórias do ano na política monetária: a potencial
perda de independência do banco central do Japão a favor de uma
estratégia de monetização explícita de défices. Em Missing The Big Japan Story
Tim Duy recorre a vários artigos, incluindo um conhecido discurso de
Ben Bernanke sobre a articulação entre a política monetária e a política
orçamental, para sublinhar a importância do que está a acontecer no
Japão (Este é um tipo de desenvolvimento que merece apoio de economistas
menos ortodoxos).
Vale também a pena ler a análise de Duy à recente alteração de regra de
política monetária nos EUA. Além disso, estamos também a ler: 

 

2. Lack of progress in Macroeconomics.
Antonio Fatás responde a críticas de Jeffrey Sachs aos keynesianos.
Fatás diz que o conhecido economista ignora elementos consensuais entre
economistas acabando por apresentar um artigo inconsistente que sofre do
que chama “sindroma do 'é tão óbvio'” que nem precisa de ser
fundamentado…

 

3. A Conservative Case for the Welfare State.
Bruce Bartlett, economista que serviu Reagan e Bus pai, defende no
Economix a importância do estado social nos EUA. “O Estado social foi
criado para limar as arestas brutas do capitalismo e torná-lo mais
sustentável”, diz.

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FMI reconhece oficialmente vantagens de controlo de capitais

04/12/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

A crise impôs algumas alterações nos consensos dominantes em torno da condução da política económica. Para muitos, e provavelmente com razão dada a resistência institucional às mudanças, estas alterações não foram as suficientes. Ainda assim, não passa despercebido o facto de o FMI passar oficialmente a defender as vantagens de controlos de capitais. Como nota a Bloomberg, o apoio é limitado a condições muito específicas (países sem margem para mexer em taxas de juro ou que estejam a ser excessivamente afectados por movimentos de capitais) mas ler, numa posição institucional de Washington, que apesar dos fluxos de capitais terem vantagens, é preciso reconhecer que  “também acarretam riscos, que podem ser aumentados por falhas na estrutura financeira e institucional de países” merece nota. Além disso estamos a ler:

  

2. Is There a Case for Optimism About the Eurozone? Yves Smith faz uma análise pouco animadora da crise europeia. Mas para os optimistas, o texto no Naked Capitalism parte de  uma visão mais animadora de John Dizard, no FT. 

 

3. La UE aplaza al 12 de diciembre las negociaciones sobre la unión bancaria. O El País vinca a incapacidade dos líderes europeus de chegarem a acordo sobre a união bancária, esclarecendo o que está em cima da mesa das negociações.

Estudo da Economia precisa de mudar radicalmente

30/10/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

O Vox está a promover há algum tempo um debate sobre para que serve a economia e o que deve mudar no seu ensino. A este respeito, vale a pena ler um texto de Alan Kirman, Professor da Universite Paul Cezanne in Aix-en Provence. Algumas ideias: em vez de assumirem que a economia está naturalmente em equilíbrio e que por vezes é abalada por choques externos, os economistas deveriam admitir que “podem estar a lidar com um sistema que se auto-organiza e que, de tempos a tempos, experimenta grandes e rápidas mudanças”. No ensino da ciência, os economistas “deveriam gastar mais tempo a insitir na importância da coordenação como o principal problema das economias modernas, em vez da eficiência”. E, finalmente, “todos deveríamos lembrarnos de que o actual pensamento económico será um dia ensinado como história do pensamento económico”. Além disso, estamos também a ler:

 

2. 1892. A História é boa companheira em momentos históricos. Pedro Lains contribuiu revisitando a grande crise de pagamentos portuguesa do final do século XIX. Vale também a pena ler um exercício que fez há um ano sobre as necessidades de financiamento externo português: a crise dos 30?

 

3. Spain's bad bank lures investors with steep discounts. A Reuters dá conta de como o banco central espanhol planeia que o “bad bank” do país (que comprará aos bancos os maus créditos nos balanços) consiga captar o interesse de investidores privados. Os retornos podem chegar a 15%, diz o Banco de Espanha. A entrada de investidores privados é essencial para que o “bad bank” possa ficar fora das contas públicas.

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