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Rui Peres Jorge

Sobre Rui Peres Jorge

Rui Peres Jorge é jornalista da secção de Economia do Negócios e editor do “massa monetária”. Começou no Semanário Económico em 2002. É mestre em Economia Monetária e Financeira pelo ISEG e pós-graduado em Contabilidade Pública, Finanças Públicas e Gestão Orçamental pelo IDEFE/ISEG, duas das suas áreas de especialização em jornalismo. Conta com cursos de formação em jornalismo económico na Universidade de Columbia em Nova Iorque (Citi Journalistic Excellence Award, 2009) e em jornalismo no Committee of Concerned Journalists em Washington (Bolsa da FLAD, 2010). Ganhou vários prémios na sua área de especialização. Lecciona a cadeira de Jornalismo Económico na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica. Nasceu em 1977 e vive em Lisboa.

Economistas ganharão menos 50% no Estado face a privado

26/10/2011
Colocado por: Rui Peres Jorge

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O Governo justificou o corte salarial no Estado com um estudo do Banco de Portugal que estima que os funcionários públicos ganham, em média, mais 15% que os trabalhadores no sector privado, já levando em consideração o nível de formação médio e as funções desempenhadas. É verdade? É. Mas o trabalho do Banco de Portugal não cauciona de forma alguma (este tipo de) corte salarial. Porquê? Porque a a distribuição salarial no Estado é muito heterogénea: com as reduções salariais de 2011 e 2012 os licenciados em Economia, por exemplo, ficarão a ganhar, em média, menos 50% no Estado do que no sector privado. Os juristas idem. Isto porque algumas das profissões centrais para a boa condução da Administração Pública (dirigentes incluindos) experimentavam, ainda antes dos cortes, prémios salariais negativos face ao sector privado que ultrapassam os 20%. 

 

Este é um daqueles casos que lembram, por um lado, o anedotário popular sobre médias como medida de distribuição de rendimento, e por outro, o famoso provérbio “com a verdade me enganas”.

A tragédia grega em pequenos passos

24/10/2011
Colocado por: Rui Peres Jorge

Os líderes europeus reuniram no fim de semana sem chegarem a conclusões ou soluções. A tarefa não é fácil, seja na recapitalização da banca, seja na solução a dar à situação grega. As dificuldades são bem conhecidas, as sensibilidades nacionais também, e os impasses do fim de semana podem ser lidos, por exemplo, na Bloomberg e no El Pais. Os estrategas da Stratfor simplificam os riscos que a Europa enfrenta na crise grega …

 

   

Fonte: Stratfor, Global Inteligence

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Afinal, Passos quer que as empresas puxem a si o que o Governo não puxou ao Estado

21/10/2011
Colocado por: Rui Peres Jorge

Num post anterior demos conta do contributo relativo que famílias, Estado e empresas vão oferecer para a redução do défice público no próximo ano sublinhando que “os patrões, que contribuem com 8% para a consolidação orçamental, parecem agora querer puxar a si, o que o Governo não puxou ao Estado, ficando para as suas contas com o dinheiro que não foi exigido para a consolidação orçamental” através de reduções salariais. Ora esse parece ser mesmo o desejo do Governo. Mas porquê?

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Henrique Gomes: “Sustentabilidade e a responsabilidade social não podem ser reduzidos a vitrinas de troféus empresariais”

19/10/2011
Colocado por: Rui Peres Jorge

O secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, parece ter enviado ontem um recado à EDP e a António Mexia, avisando que em tempos de crise as empresas também têm de partilhar os sacrificios com os cidadãos: “Conceitos como sustentabilidade e a responsabilidade social não podem ser reduzidos à visibilidade das marcas e a vitrinas de troféus empresariais”, afirmou.

Repartição de esforços: 65%-27%-8%


Colocado por: Rui Peres Jorge

Apesar da situação de emergência nacional descrita por Pedro Passos Coelho na missiva ao País, o Executivo dividiu os portugueses e poupou os subsídios de Natal e de férias aos trabalhadores do sector privado (uma opção que Cavaco Silva pode estar a condicionar). Os patrões, que contribuem com 8% para a consolidação orçamental, parecem agora querer puxar a si, o que o Governo não puxou ao Estado, ficando para as suas contas com o dinheiro que não foi exigido para a consolidação orçamental. 

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