Portugal precisa com urgência de investimento e de exportar
Economia portuguesa contrai 3,9%. Paula Carvalho do BPI diz que os dados divulgados hoje pelo BPI não trazem grandes surpresas, mas considera que os “detalhes são pouco favoráveis”, avisando para os riscos que resultam da continua da queda do investimento. Rui Bernardes Serra, do Montepio, também sublinha a queda do investimento e sublinha que “o actual período de recessão já dura há 10 trimestres, encontrando-se o PIB no nível mais baixo desde o 2ºT2000”. Filipe Garcia, da IMF considera que “a economia portuguesa só poderá voltar ao crescimento perante uma evolução extraordinariamente positiva do comércio externo”. A importância da frente externa é igualmente evidenciada pela equipa do NECEP, da Universidade Católica, que perante os dados conhecidos até agora, faz a análise mais positiva: “O NECEP acredita que o resultado do 1ºT2013 pode reflectir efectivamente uma melhoria relativa do desempenho económico”
Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
Inflação volta a cair
Inflação recua para 0,2% em Abril. José Miguel Moreira, do Montepio, diz que os primeiros dado do ano sinalizam que as pressões inflacionistas de 2012 foram temporárias e aponta para uma inflação média deste ano nos 0,7%.
Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
Gastos com pensões explicam estagnação portuguesa?
Fonte: Yuriko Nakao/Bloomberg
Esqueça a concorrência da China, o mercado de trabalho muito rígido ou os gastos públicos discricionários. A explicação para a estagnação da economia portuguesa está nos gastos com pensões – com grandes responsabilidades para os governos de Cavaco Silva – e no mau trabalho desempenhado pelos bancos na primeira década da moeda única – que canalizaram o enorme fluxo de recursos financeiros que chegou com o euro para os sectores menos produtivos. Esta é conclusão de Ricardo Reis, economista e professor na Universidade de Columbia.
Menos 230 mil empregos num ano
A taxa de desemprego aumentou para os 17,7% no primeiro trimestre. A taxa de desemprego medida pelo INE atinge um novo recorde, puxada pela destruição de 4,9% dos empregos na economia no último ano, escreve Filipe Garcia, da IMF. O número de empregos na economia está agora nos 4,43 milhões, menos 230 mil que há um ano. José Miguel Moreira, do Montepio, considera que estes dados revelam “um mercado bastante deteriorado, constituindo um dos principais constrangimentos para a economia portuguesa”. E Paula Carvalho, do BPI, considera que há “tendências preocupantes”, nomeadamente o aumento do desemprego de longa duração e entre os menos qualificados e também a destruição de emprego na indústria transformadora.
Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
Desunião bancária
Fonte: Linksman_Flickr_CC
O balde água fria das reuniões do Ecofin e Eurogrupo da semana passada surgiu quase no fim dos trabalhos, no sábado, quando Wolfgang Schauble, o ministro das Finanças alemão afirmou que tal união implicará uma revisão do Tratado da UE. A Áustria apressou-se a apoiar essa posição. E o presidente do Eurogrupo afirmou que, perante a posição alemã, poderá ser inevitável uma “revisão limitada” do Tratado.
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