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Manuel Esteves

Sobre Manuel Esteves

Manuel Esteves, nasceu em 1976, é editor da secção de Economia do Negócios desde Janeiro de 2010. Iniciou a carreira no Diário Económico, onde também foi editor de Economia em 2009. Foi igualmente jornalista e subeditor de economia do Diário de Notícias. É licenciado em economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).

Casar? Só depois de viver junto

30/04/2015
Colocado por: Manuel Esteves

A obrigação dos jovens se casarem antes de viverem juntos já passou à história? Sim, mas é uma história recente. Em 60,8% dos casamentos realizados em 2009 os nubentes viviam separados e só 39,2% partilharam o mesmo tecto antes de casar.

 

Mas muito mudou em apenas cinco anos. Em 2014, pela primeira vez, houve mais casamentos entre noivos que já viviam juntos do que o contrário. Segundo revelou esta quinta-feira o INE, em 51,7% dos casamentos os nubentes “já possuíam residência anterior comum”. O gráfico em baixo é bastante claro.

 

Outro dado interessante diz respeito ao nascimento de crianças fora do casamento. Em 2009, a percentagem de nados vivos nascidos fora do casamento era de 38,1%, percentagem que passou para 49,3%. A manter-se este ritmo é muito provável que nos próximos dois anos os nados vivos com pais casados se tornem uma minoria.

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Oposição socialista quer mudar a constituição

02/10/2014
Colocado por: Manuel Esteves

“Faça uma aposta corajosa”. “Tome a iniciativa”, mude a constituição, disse a porta-voz do principal partido da oposição ao líder do governo. “Os socialistas não têm medo das mudanças”.Torcendo o nariz, o primeiro-ministro atira uma farpa, citando um conhecido filósofo alemão: “Quando os políticos não sabem o que fazer põem-se a falar da reforma da Constituição”.

 

Confuso? É natural. Este diálogo parece estar de pernas para o ar e estaria mesmo se não tivesse ocorrido em Espanha e não em Portugal. É que no país vizinho, é a oposição, socialista, que quer mudar a Constituição.

 

A troca de papéis compreende-se à luz das diferenças no texto fundamental de um país e de outro e nas intenções que estão por trás das propostas de mudança. Em Espanha, segundo explicou María Chivite, porta-voz do PSOE, citada pelo El Pais, pretende-se reforçar, numa constituição menos garantística do que a portuguesa, o Estado de bem-estar e os direitos fundamentais como a Educação, a Saúde, os Serviços Sociais, e blindar o sistema de pensões. Mariano Rajoy desconfia das intenções e receia possíveis concessões aos nacionalistas, designadamente os catalães.

 

Em Portugal, o objectivo é o inverso: governo e maioria do PSD e CDS gostariam de rever a Constituição para permitir reformas estruturais e uma consolidação orçamental mais eficaz. O PS, essencial para constituir uma maioria de dois terços dos deputados do Parlamento, opõe-se terminantemente, receando um ataque ao Estado social.

Do triângulo das impossibilidades orçamentais ao círculo das possibilidades políticas

18/07/2014
Colocado por: Manuel Esteves

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A notícia rebentou com estrondo. Ana Drago, figura destacada do Bloco de Esquerda, bate com a porta consubstanciando uma ruptura cada vez mais evidente com a Direcção do partido. A divergência de fundo é antiga: o Bloco não deve enjeitar à partida um entendimento com o PS e eventuais responsabilidades num futuro governo nacional. Concluía-se, portanto, que o que conduzira à ruptura de um dos movimentos fundadores do Bloco de Esquerda tinha um pendor essencialmente estratégico, embora a substância ideológica ou programática não fosse clara.

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Portugueses estão a viver abaixo das suas possibilidades

14/09/2012
Colocado por: Manuel Esteves

 

Passos Coelho explicou ontem, em entrevista à RTP, que “muita gente, por receio ou por precaução, tinha dinheiro para gastar e não gastou. Por culpa dessa gente Portugal não cumpriu o défice. Para evitar novas forretices, o Estado fica agora com 7% dos seus salários.