Enquanto as atenções mediáticas se prendem à Líbia, que está prestes a mergulhar na guerra civil, a revolução prossegue no Egipto. Na véspera da realização de mais uma manifestação de “um milhão”, Ahmed Shafiq cedeu finalmente à pressão das ruas e demitiu-se do cargo de primeiro-ministro. Desde o início que o seu nome foi muito contestado pois fora nomeado pelo deposto presidente Hosni Mubarak.
Para já, o Shafiq foi substituído pelo até então ministro dos transportes, Essam Sharaf. Naturalmente, as mudanças não ficarão por aqui. Segundo a edição online do jornal The Guardian, 61 intelectuais e figuras públicas fizeram um apelo para que o Conselho Militar que lidera a transição dissolva o actual governo. Agora que chegaram até aqui, os egípcios parecem determinados a não voltar atrás.
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