O “não” britânico na cimeira europeia da última sexta-feira gerou algum celeuma nos principais meios de comunicação social. Em The british 'Non', Harold James passa em revista a relação atribulada do eixo franco-alemão com a economia britânica desde os primórdios da criação do Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio e explica por que é que a “retirada” de Cameron não deveria ser vista com estranheza. Além disto, também estamos a ler:
2. Daren Acemoglu on inequality. Mais uma entrevista a um dos economistas mais versáteis da actualidade. Acemoglu fala acerca da subida da desigualdade e explica por que é que, apesar de a educação e produtividade explicar “grande parte da história”, a teoria torna-se “difícil de engolir” quando aplicada aos 0,1% mais ricos (no The Browser)
3. Ocupy the classroom?, por Dani Rodrik. Se um jornalista perguntar a um economista se o comércio internacional é bom, ouvirá como resposta um convicto “sim”. Mas se a mesma pergunta for feita no contexto de uma sala de aula, a resposta será muito matizada: “Admitindo que x, y e z, e assumindo que há possibilidade de redistribuir os ganhos do comércio por via fiscal entre todos os grupos, então o comércio será tendencialmente vantajoso para a economia como um todo”. Porquê esta diferença? E o que é que tudo isto tem a ver com o “walk out” da aula de Greg Mankiw, que tem captado a atenção de alguns dos mais proeminentes economistas do mundo? Rodrik explica no Project Syndicate.
4. Why defend the city?, por Chris Dillow. Um post que analisa a importância que a city de Londres tem para a economia do Reino Unido (um dos pontos que ditou o afastamento do Reino Unido do acordo da Cimeira de sexta-feira) e tenta quantificar o seu peso no PIB. Dillow conclui que a defesa que Cameron faz da city não tem justificação com base no verdadeiro contributo que esta dá para o bem estar dos britânicos.
5. Interest rates, inflation and the way the world works, por Paul Krugman. Há três anos que os críticos das políticas da Fed dizem que a inflação e/ou o crowding out estão ao virar da esquina. Afinal, a inflação continua controlada e as taxas de juro estão a níveis historicamente baixos. Krugman explica por que é que as previsões falharam (no The Conscience of a Liberal).
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