Trinta anos depois as equipas do FMI regressaram hoje a Lisboa para desenharem um novo pacote de ajustamento económico. O que aí vem não será surpresa para ninguém: muitos anos de doloroso ajustamento económico e de apertar de cinto. Tudo, garantem, para o bem da economia e para que o dinheiro volte a correr nas veias financeiras do País.
Ninguém fica feliz por sofrer mas não é por isso que aqui pelo massa monetária nos recusamos à boa hospitalidade nacional. Até porque, ao que parece, desta vez, o FMI parece estar disposto ajudar mais do que a UE, pelos menos nos juros que exige.
Nos próximos dias o massa monetária vai apresentar algumas sugestões para os tempos livres em Lisboa dos homens do FMI. Seremos abrangentes por forma a garantir que Washington tem a possibilidade efectiva de conhecer a Lisboa de todos nós.
Entre os conselhos que deixaremos a Poul Thomsen e os seus homens estão:
– Visitas às praias da Capital (para verificarem dos incentivos a trabalhar em Portugal);
– Vários passeios, que incluem, o centro da Segurança Social do Areeiro (com a dupla vantagem de permitir avaliar a máquina do Estado e os menos abonados do País), o Mosteiro dos Jerónimos e o Padrão dos Descobrimentos (por razões bem diferentes do Areeiro).
– Pelo massa monetária, ficarão também a saber porque não podem perder o restaurante “Eleven”, nem uma viagem ao bingo da Amadora (de comboio).
– E até incluiremos um jogo de “soccer”, desde que da segunda divisão.
Sem ressentimentos, para o FMI, um trabalho da equipa do Negócios, que João Candido da Silva vai aprofundar nos próximos dias, e para o qual os leitores são desde já convidados a deixar sugestões.
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