O Natal dos Hospitais é onde o autarca quiser
Há 54 anos que os portugueses estão habituados a assistir, através da RTP, à festa da quadra natalícia no Centro de Reabilitação de Alcoitão e no Hospital de São João, no Porto. Mas há um concelho onde o “Natal dos Hospitais” é comemorado … numa associação. O presidente da Câmara do Seixal pretende desta forma irónica sensibilizar o Governo para a necessidade de se avançar com a construção do hospital naquele município.
Leituras sobre Reforma do Estado
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Pedro Passos Coelho no seu discurso de vitória nas eleições de 2011 Fonte: Mario Proença/Bloomberg
O Negócios tem vindo a publicar ao longo das últimas semanas uma série de trabalhos sobre Funções do Estado. Num deles, a partir da reflexão de vários autores, procurámos enquadrar o debate analisando diferenças entre “dimensão” e “força” do Estado, e olhando para outras experiências de reforma, entre elas o muitas vezes citado caso sueco. Em “Reformar o Estado é muito diferente de poupar” tentámos sintetizar as principais conclusões. Para os que quiserem aprofundar a reflexão sobre o tema ficam aqui os links para os artigos centrais usados no artigo. Vale a pena ler:
Juncker: “Se há alguém nesta sala que é amigo de Portugal e da Irlanda, que fazem parte dos meus países preferidos na Europa, (…) sou eu”
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A ambiguidade é construtiva?
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Mario Draghi, presidente do BCE e Vítor Gaspar, numa reunião do Ecofin no início do ano Fonte: Jock Fistick/Bloomberg
No debate público sobre o papel do BCE na união bancária europeia está a ocorrer uma interessante discussão em torno do risco moral. Será que uma certa ambiguidade sobre a garantia do banco central como credor de último recurso minimiza o apetite dos bancos pelo risco? O debate é importante para Portugal não apenas pelas consequências que poderá ter na eficácia da união bancária. É que esta estratégia de “ambiguidade construtiva” defendida por alguns economistas e políticos parece estar a ser aplicada em duas outras dimensões centrais para Portugal.
Por um lado, o BCE mantém-se pouco claro sobre se compra ou não dívida pública portuguesa, como se vê nas respostas que Jorg Asmussen dá na entrevista que concedeu ao Negócios esta semana. Por outro, os líderes europeus não abrem (mas também não fecham) a porta a condições mais favoráveis para os empréstimos português e irlandês. A ambiguidade europeia poderá defender os interesses do BCE e do Eurogrupo, mas será que é construtiva para os interesses nacionais?
FMI reconhece oficialmente vantagens de controlo de capitais
A crise impôs algumas alterações nos consensos dominantes em torno da condução da política económica. Para muitos, e provavelmente com razão dada a resistência institucional às mudanças, estas alterações não foram as suficientes. Ainda assim, não passa despercebido o facto de o FMI passar oficialmente a defender as vantagens de controlos de capitais. Como nota a Bloomberg, o apoio é limitado a condições muito específicas (países sem margem para mexer em taxas de juro ou que estejam a ser excessivamente afectados por movimentos de capitais) mas ler, numa posição institucional de Washington, que apesar dos fluxos de capitais terem vantagens, é preciso reconhecer que “também acarretam riscos, que podem ser aumentados por falhas na estrutura financeira e institucional de países” merece nota. Além disso estamos a ler:
2. Is There a Case for Optimism About the Eurozone? Yves Smith faz uma análise pouco animadora da crise europeia. Mas para os optimistas, o texto no Naked Capitalism parte de uma visão mais animadora de John Dizard, no FT.
3. La UE aplaza al 12 de diciembre las negociaciones sobre la unión bancaria. O El País vinca a incapacidade dos líderes europeus de chegarem a acordo sobre a união bancária, esclarecendo o que está em cima da mesa das negociações.