A tragédia grega em pequenos passos
Os líderes europeus reuniram no fim de semana sem chegarem a conclusões ou soluções. A tarefa não é fácil, seja na recapitalização da banca, seja na solução a dar à situação grega. As dificuldades são bem conhecidas, as sensibilidades nacionais também, e os impasses do fim de semana podem ser lidos, por exemplo, na Bloomberg e no El Pais. Os estrategas da Stratfor simplificam os riscos que a Europa enfrenta na crise grega …
Fonte: Stratfor, Global Inteligence
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Afinal, Passos quer que as empresas puxem a si o que o Governo não puxou ao Estado
Num post anterior demos conta do contributo relativo que famílias, Estado e empresas vão oferecer para a redução do défice público no próximo ano sublinhando que “os patrões, que contribuem com 8% para a consolidação orçamental, parecem agora querer puxar a si, o que o Governo não puxou ao Estado, ficando para as suas contas com o dinheiro que não foi exigido para a consolidação orçamental” através de reduções salariais. Ora esse parece ser mesmo o desejo do Governo. Mas porquê?
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Henrique Gomes: “Sustentabilidade e a responsabilidade social não podem ser reduzidos a vitrinas de troféus empresariais”
O secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, parece ter enviado ontem um recado à EDP e a António Mexia, avisando que em tempos de crise as empresas também têm de partilhar os sacrificios com os cidadãos: “Conceitos como sustentabilidade e a responsabilidade social não podem ser reduzidos à visibilidade das marcas e a vitrinas de troféus empresariais”, afirmou.
Repartição de esforços: 65%-27%-8%
Apesar da situação de emergência nacional descrita por Pedro Passos Coelho na missiva ao País, o Executivo dividiu os portugueses e poupou os subsídios de Natal e de férias aos trabalhadores do sector privado (uma opção que Cavaco Silva pode estar a condicionar). Os patrões, que contribuem com 8% para a consolidação orçamental, parecem agora querer puxar a si, o que o Governo não puxou ao Estado, ficando para as suas contas com o dinheiro que não foi exigido para a consolidação orçamental.
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Silva Lopes: “Agora faz-se tudo através do Orçamento, na altura usávamos essencialmente a desvalorização cambial e as taxas de juro”
Silva Lopes e Jacinto Nunes não têm dúvidas: o actual pacote de austeridade é muito mais forte que os aplicados nas anteriores intervenções do FMI. A justificar em parte a violência das medidas deste ano está a perda da moeda e da política monetária, diz Silva Lopes.