Frases do debate que tombou o Governo de Sócrates (em act.)
Teixeira dos Santos emocionado e acossado, Ferreira Leite a atacá-lo sem clemência, Portas a desforrar-se dos dois maiores partidos, a esquerda a não perdoar ao PS: frases que marcam o debate que tornará inevitável a demissão de José Sócrates
PEC 2011: a receita habitual para um buraco de quase dois mil milhões
A rapidez na análise é potencial inimiga do rigor, e a actualização do PEC só foi disponibilizada há poucas horas, mas no que diz respeito a 2011, o cenário parece poder resumir-se como (mais) um PEC que corrige o optimismo anterior (traduzido num buraco orçamental que poderá chegar a dois mil milhões de euros) com as receitas do costume: corte em despesas com pessoal e prestações sociais. Isto é pelo menos o que ressalta da comparação entre algumas das previsões relevantes inscritas no OE/2011 e neste PEC:
Pedro Lains: “Vamos lá testar o que de facto sabemos”
Nota do editor: Pedro Lains, professor no ICS e bloguer, entre outros, em Pedro Lains, aceitou o convite do massa monetária e, até ao final de Abril, publicará os seus posts também nesta casa.
É fácil dizer: eu teria feito melhor. Mais fácil ainda é dizer isso no plural. Claro. A realidade está aí e pode ser avaliada e é obviamente negativa. A alternativa, o caminho alternativo, não está aí e não pode ser facilmente avaliado. Mas será positiva ou menos negativa? Embora, na verdade, não o saibamos, até parece que todos sabem a resposta. Sobretudo os do actual partido da oposição ou os que estão descontentes com o actual governo. Pois. Quem escreve estas palavras acha que é bom ir para eleições e que outro partido que não o do governo deve ganhar – é um desejo a que não corresponderá um voto, numa contradição que não valerá a pena justificar aqui.
Mas quem escreve estas linhas também acha que foi feito aquilo que devia ter sido feito e que um governo do maior partido da oposição não teria feito muito melhor.
O paradoxo da inevitabilidade das eleições
Índice de aprovação política da Marktest:
Fonte: Marktest; PSD: Luis Marques Mendes até Setembro.07 / Luis Filipe Menezes desde Outubro.07 / Manuela Ferreira Leite desde Junho.08 / Pedro Passos Coelho desde Abril.10
Em princípio, o melhor momento para uma oposição enfrentar eleições será o pior momento para o Governo. E vice-versa. Mas estes dados sobre a popularidade de cada um dos líderes em Portugal permite desconfiar sobre um acontecimento paradoxal: este pode mesmo ser o momento mais vantajoso para eleições, tanto para Sócrates como para Passos Coelho.
Para ser feliz, o melhor é ser muito ou muito pouco religioso
1. A política orçamental não vale assim tanto na crise, defendem Mankiw e Weinzierl (Harvard)
2. Para ser feliz, o melhor é ser muito ou muito pouco religioso, concluem Gundlach e Opfinger (Hamburg and Leibniz Universities)
3. De Long não percebe os planos de austeridade (Project Syndicate)