Arquivo mensal: Julho 2014

Do triângulo das impossibilidades orçamentais ao círculo das possibilidades políticas

18/07/2014
Colocado por: Manuel Esteves

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A notícia rebentou com estrondo. Ana Drago, figura destacada do Bloco de Esquerda, bate com a porta consubstanciando uma ruptura cada vez mais evidente com a Direcção do partido. A divergência de fundo é antiga: o Bloco não deve enjeitar à partida um entendimento com o PS e eventuais responsabilidades num futuro governo nacional. Concluía-se, portanto, que o que conduzira à ruptura de um dos movimentos fundadores do Bloco de Esquerda tinha um pendor essencialmente estratégico, embora a substância ideológica ou programática não fosse clara.

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Reacções dos economistas: Preço da cerveja dispara com o Mundial

10/07/2014
Colocado por: Nuno Aguiar

Em Junho, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi -0,4%. Miguel Moreira sublinha que é um resultado mais negativo do que o mercado esperava (-0,2%). Ainda assim, identifica uma tendência contrária: o aumento do preço da cerveja, provavelmente relacionado com a Copa do Mundo. Filipe Garcia, do IMF, não antecipa uma inversão desta tendência nos preços.

 

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.

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Reacções dos economistas: Outra vez a refinaria…


Colocado por: Nuno Aguiar

As exportações portuguesas de bens tiveram uma queda homóloga de 3,6% em Maio, enquanto as importações avançaram 1,9%. Miguel Moreira, do Departamento de Estudos do Montepio, refere que depois dos bons resultados até Janeiro de 2013, o saldo comercial tem evidenciado “uma tendência levemente descendente”. Já Filipe Garcia, do IMF, destaca o impacto negativo do encerramento da refinaria da Galp.

 

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.

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Os riscos para o défice em dois gráficos da UTAO

08/07/2014
Colocado por: Rui Peres Jorge

Uma das melhorias relevantes na transparência orçamental em Portugal nos últimos anos foi a criação da  Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), a trabalhar no Parlamento, e a divulgação das análies regulares que faz à execução orçamental. Um exemplo: quem quiser ficar com uma ideia do que está a acontecer na evolução das receitas e despesas das Administrações Públicas (AP) até Maio – e logo dos riscos para os objectivos orçamentais deste ano – consegue fazê-lo com recurso a apenas dois gráficos de evolução das receita e despesa públicas.

 

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Pode o BCE fazer mais por Portugal?

03/07/2014
Colocado por: Rui Peres Jorge
Mari Draghi

Mario Draghi

Há um mês o BCE apresentou um pacote de estímulo monetário para a Zona Euro para afastar o risco de deflação, estimular a retoma e reduzir a fragmentação financeira na região, isto é, baixar os juros para empresas viáveis na periferia, nomeadamente em Portugal.

 

Entre as várias medidas apresentadas destacam-se quatro: taxa de juro negativa nos depósitos dos bancos no BCE; empréstimos a quatro anos à banca europeia contra a garantia de cedência de crédito à economia; a aceleração de um plano de compra de activos (créditos) titularizados; e o anúncio de que o BCE poderá avançar com um plano de compra de activos em larga escala se estas medidas não forçaram um aumento da inflação esperada.

 

Passado um mês, vale a pena juntar alguns elementos para tentar responder a duas questões:

 

1. Serão as medidas do BCE suficientes para puxar pela inflação e pela retoma da Zona Euro?

 

2. Poderia o BCE fazer mais por Portugal?

 

Para a primeira pergunta não há uma resposta segura. É esperar e ver, diz o próprio BCE. Já quanto à segunda, são várias as análises que apontam para que mais pudesse ser feito em Frankfurt por Lisboa. Ou pelo menos, mais depressa.

 

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