Afinal, as notícias do emprego são boas ou más?
Durante vários trimestres consecutivos a narrativa do
emprego era fácil de contar. A taxa de desemprego explodia, acompanhada por um ritmo
de destruição de postos de trabalho muito mais rápido do que o Governo e a
troika tinham antecipado. No entanto, nos últimos dois trimestres, os números
do emprego revelaram-se mais complexos, contando duas histórias quase antagónicas:
uma em cadeia e outra homóloga. A primeira convence-nos que se iniciou um ciclo
de inversão do mercado de trabalho; a segunda aponta para um cenário muito
negativo, com emigrantes e desencorajados a desempenharem um papel decisivo no
mercado de trabalho. Segue a explicação de ambas.
Paulo Portas: descida do IRC “é boa para todas as empresas, incluindo para as empresas chinesas”
É o que se chama tirar com uma mão para dar com outra. O
vice-primeiro-ministro português justificou hoje em Macau que a nova
contribuição das empresas energéticas ocorre “num momento extraordinário” e
lembrou que as empresas chinesas a operar em Portugal vão beneficiar da descida
do IRC.
Um frente a frente para perceber a austeridade na Zona Euro
Fonte: Negócios
A 22 de Outubro avançámos no Negócios os resultados de um artigo
publicado pela Comissão Europeia sobre as políticas de austeridade na
Europa que continua a dar que falar por evidenciar os custos da
austeridade simultânea aplicada entre 2011 e 2013. Um dos
desenvolvimentos mais ricos é uma breve troca de argumentos entre o
autor (Jan in ‘t Veld) e Simon Wren-Lewis na caixa de comentários do
blogue deste último. Com as frases dos autores (em inglês) montamos um
frente-a-frente sobre as políticas de austeridade na Zona Euro durante a
crise.
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Abrir uma farmácia? Mais de 3.400 responderam sim!
Há ossos com sete cães à volta, mas há farmácias com 243 interessados. O Infarmed recebeu 3.407 candidaturas para os concursos de abertura de 14 farmácias.
Maria Luís Albuquerque, uma questão de convicção
20
A
equipa das Finanças na tomada de posse. Da esquerda para a direita:
Hélder Rosalino (Sec. Estado da Administração Pública), Paulo Núncio (SE
Fisco), Manuel Rodrigues (SE Finanças), Joaquim Pais Jorge (SE Tesouro, entrentanto substituido após demissão por Isabel Castelo Branco), Hélder Reis (SE Orçamento) e Maria Luís Albuquerque (ministra) Fonte: Negócios
Maria Luís Albuquerque explicou em entrevista ao Negócios
(disponível apenas para assinantes) o essencial das opções do Orçamento
do Estado para 2014. Existem vários pontos que merecem reflexão, mas um
dos mais interessantes é a forma pragmática como a ministra da Finanças
desvaloriza, no actual contexto, os modelos e os instrumentos de
análise dos efeitos na economia da austeridade e dos estímulos
orçamentais. A ministra considera, por exemplo, que o debate em torno dos multiplicadores orçamentais “não acrescenta nada” e que o impacto do IRC é uma questão de “convicção”. As posições da responsável podem surpreender dada a carta de demissão de Vítor Gaspar mas alinham com o discurso de Olli Rehn.