Inflação surpreende em baixa mas deverá subir
A taxa de inflação baixou para 0,1% em Janeiro.
José Miguel Moreira, do Departamento de Estudos do Montepio, evidencia
que o valor saiu abaixo do esperado, o que coloca a inflação em valores
muito baios em termos históricos, mas ainda assim positivos. O
economista aponta para uma inflação média em 2014 de 0,6%. Filipe Garcia, da IMF, também aposta numa ligeira subida da inflação no resto do ano,
mas subinha que se a inflação baixa, que em princípio ajudaria o País a
ganhar competitividade face ao resto da Zona Euro, poderá ter efeitos
pequenos na competitividade, pois o resto da Zona Euro também tem está a
registar inflação baixa.
Nota
do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do
Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos
gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP
(Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições
menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios
trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
Exportações continuam a trazer boas notícias, mas também pontos de interrogação para 2014
Os dados de comércio internacional publicados ontem pelo INE mostram que a venda de bens ao exterior continuou a crescer pelo quarto ano consecutivo em 2013 (4,6%),
embora a um ritmo mais lento que no ano anterior. Filipe Garcia, do
IMF, considera que os números do INE “confirmam um ano muito
positivo em termos de balança comercial”. Uma ideia também sublinhada
por Paula Carvalho, economista-chefe do BPI, apesar dos riscos que 2014
traz, nomeadamente o abrandamento das exportações de combustíveis e as
limitações à entrada de bens nacionais em Angola.
Nota
do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do
Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos
gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP
(Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições
menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios
trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
Economistas pressionam Draghi a agir
Inflação homóloga
Fonte: Eurostat
O
BCE anuncia pela hora de almoço de quinta-feira as suas decisões de
política monetária de Fevereiro. Em cima da mesa, como hipóteses mais
prováveis, estão há vários meses um corte nas taxas de juro principais
(incluindo uma taxa de juro de depósitos negativa que desincentive os
bancos a acumular excesso de liquidez no BCE) e outro empréstimo de
longo prazo aos bancos (que incluia condições que incentivem a cedência
de crédito à economia). É no entanto cada vez maior o número de
economistas que defende que o BCE tem de ser mais ousado, especialmente
face aos riscos de deflação que se está a instalar na periferia europeia
(a taxa de inflação da Zona Euro nos 0,7% em Janeiro é já o valor mais
baixo desde 2009). Compras de activos directamente aos bancos que possam
aliviar as taxas de juro na periferia está entre as opções mais
referidas. Recolhemos aqui quatro análises públicadas esta semana que
pressionam Draghi a fazer mais.
Mais boas notícias do emprego
A taxa de desemprego voltou a cair no último trimestre de 2013, para os 15,3%.
José Miguel Moreira, do Departamento de Estudos do Montepio, considera
que os “dados são inegavelmente
animadores”, uma vez que marcam a “interrupção do período de
deterioração”do mercado de trabalho. Paula Carvalho, economista-chefe do
BPI, concorda, mas alerta para o nível ainda elevado da taxa de
desemprego e para o facto de os ganhos no emprego virem “quase
exclusivamente em contratos a
termo”.
Nota
do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do
Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos
gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP
(Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições
menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios
trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
Euforia financeira nos emergentes explica as dores que hoje sentem
Fonte: Yuriko Nakao / Bloomberg
O arranque do ano fica marcado pela forte turbulência cambial que
está a percorrer as economias emergentes. Dois artigos interessantes
publicados recentemente no VOX ajudam a perceber por que estão a sofrer
muitas potências em desenvolvimento e o que podem fazer os seus governos
e bancos centrais. Uma das conclusões mais interessantes é a de que a
criação de mercados financeiros grandes e líquidos (e pouco regulados)
pode enebriar em tempos de bonança, mas arrisca transformar-se num
sucesso caro quando a turbulência começa.