Tudo o quis saber sobre União Bancária
Fonte: Chris Ratcliffe/Bloomberg
A Europa chegou finalmente o acordo sobre a união bancária europeia, o
que é considerado por muitos como o maior passo de integração
financeira (e política) na Zona Euro desde a criação da moeda única.
Em “sete notas sobre união bancária”
no final do ano passado explicámos os dos principais instrumentos então
em discussão. Vale a pena voltar ao tema agora que as negociações
terminaram com um conjunto de perguntas e respostas.
CES e IRS: como um (não) influencia o outro
Créditos: Simon Dawson/Bloomberg
Numa das vezes que escrevi sobre o facto de haver milhares de pensionistas que, apesar de suportarem a contribuição extraordinária de solidariedade, não vão deduzi-la no IRS devido à forma como a dedução específica está desenhada, fui desafiada pelo leitor Manuel Torres da Silva a apresentar simulações que indiquem exactamente os níveis de rendimento a partir dos quais a CES começa a abater ao rendimento bruto para efeitos de tributação.
Porque, argumenta Manuel Torres da Silva, e bem, não é só quem recebe até 22.500 euros por ano (1.607 euros) que não pode fazer qualquer dedução adicional e absorver fiscalmente a CES – a partir desse patamar de 22.500 euros, há ainda um conjunto de pensões que, devido à formula de cálculo da dedução específica, não incorporarão a CES no IRS.
Vamos então a isso, começando por recordar o que dizem as regras.
“Os funcionários públicos não vão ter uma retribuição inferior àquela que têm hoje”
Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, garantiu esta quarta-feira, 26 de Março, que os funcionários públicos não terão, em qualquer caso, uma diminuição da retribuição que recebem.
“O nosso princípio e a nossa estratégia é esta: os funcionários públicos não vão ter uma retribuição inferior àquela que têm hoje, se houver necessidade de haver substituição de medidas, ela não vai implicar um agravamento em termos de redução salarial face àquilo que está hoje em vigor”, reforçou o líder Parlamentar do PSD, citado pela agência Lusa.
O que há em comum entre a promoção da natalidade e o despedimento de grávidas?
Três semanas depois de ter eleito a natalidade como prioritária nas políticas a aplicar, Passos Coelho assumiu que quer discutir com os parceiros sociais a redução das indemnizações por despedimentos ilícitos. No primeiro caso falava o presidente do PSD. No segundo caso falou o primeiro-ministro.
Entre as duas intenções há potenciais conflitos: o despedimento injustificado de grávidas é ilegal e, por enquanto, custa bem mais caro às empresas.
Montepio revê em baixa previsão de inflação para o ano
A inflação homóloga regressou a terreno negativo em Fevereiro.
Transportes, vestuário e calçado deram os principais contributos para a
inflação negativa registada em Fevereiro, analisa José Miguel Moreira,
economista do Montepio, que revê a projecção de inflação para 2014 de
0,6% para 0,3%. Filipe Garcia, da IMF, destaca que a eficácia da
inflação baixa em Portugal a gerar ganhos de competitividade pelos
preços para o país é mitigada pelo facto de toda a Zona Euro estar
também com inflação baixa.
Nota
do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do
Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos
gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP
(Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições
menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios
trabalha e que agora fica também ao seu dispor.