Distorções e mínimos nas políticas sociais

22/04/2014
Colocado por: Elisabete Miranda
Fonte: Bruno Simão / Negócios

Fonte: Bruno Simão / Negócios

 

Qual é o valor mínimo indispensável de que uma pessoa precisa para viver e que o Estado deve assegurar? A resposta é: depende de quem for o destinatário directo do dinheiro. Se for um beneficiário do rendimento social de inserção (RSI), o Governo entende que 374,1 euros são suficientes para comer, vestir e pagar a habitação a uma família de dois adultos e duas crianças durante um mês inteiro. Já se o destinatário do dinheiro for uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), que funciona como intermediário na prestação do serviço público, o Governo já está disposto a entregar-lhe 600 euros por mês para servir refeições – e apenas refeições – a uma família da mesma dimensão.

 

Esta expressiva dualidade de critérios é denunciada num documento intitulado “os problemas e as soluções para a Segurança Social”, do Observatório sobre as Crises e Alternativas. A autora, a economista Cláudia Joaquim, exemplifica como a política social está enviesada em função de preconceitos consolidados em relação a determinado tipo de prestações sociais – neste caso, o RSI; como esses preconceitos dão origem à má orientação dos escassos recursos de que o Estado dispõe; e de como a aposta no desenvolvimento do terceiro sector, muito caro ao Governo, está nalguns casos a ser feito à custa do desinvestimento da protecção social assegurada pelo Estado.

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Quando o Benfica é campeão, a economia cresce

21/04/2014
Colocado por: Bruno Simões
Autocarro do Benfica com os jogadores em festa.

Autocarro do Benfica com os jogadores em festa. Fonte: Vitor Chi/Record

Certamente já ouviu algum amigo seu dizer que o melhor que pode acontecer à economia é o Benfica ser campeão. Até o presidente da EDP pensa assim. Olhando aos últimos 20 anos, as vitórias do Benfica não se traduziram sempre no crescimento mais robusto da economia. Mas sempre que as águias festejaram no Marquês de Pombal, o PIB cresceu.

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O que os números nos dizem sobre como ganhar na NBA?

15/04/2014
Colocado por: Nuno Aguiar

Sexta-feira escrevemos no Weekend sobre a forma como a utilização de “sports analytics” métodos analíticos aplicados ao desporto) está a mudar o jogo, através da utilização de modelos matemáticos, estatísticas avançadas e gigantescas bases de dados.

 As últimas conclusões começaram a surgir com a utilização em todos os pavilhões de câmaras com tecnologia israelita de detecção de mísseis, que acompanham os movimentos de todos os jogadores em campo e captam informação 25 vezes por segundo. O nível de informação pode ser tão “fino” como saber qual a percentagem de ressaltos que o jogador X ganha quando a bola está a um metro de distância e ele tem jogadores adversários à volta.

nbaKevin Durant afunda sobre Pau Gasol. Fonte: J. P. Wilson/Bloomberg

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A “estúpida” regra do BCE e o risco dos “ratings”

10/04/2014
Colocado por: Rui Peres Jorge
A componente subjectiva prejudicou Portugal e a periferia da Zona Euro e favoreceu as economias emergentes

A componente subjectiva na decisão de notações de risco prejudicou Portugal e a periferia da Zona Euro e favoreceu as economias emergentes. Para Portugal, o elemento subjectivo na avaliação da Moody’s reduz o “rating” nacional em cinco degraus, estima o Unicredit.

 

Um estudo do Unicredit critica a excessiva dependência das autoridades face às agências de notação de risco e conclui que o “rating” português pode estar cinco degraus abaixo do que ditam os fundamentais da economia. Os economistas defendem que a subjectividade da avaliação das agências agravou a crise da Zona Euro entre 2008 e 2011, e está a impedir que a dívida portuguesa esteja já classificada em “nível de investimento” pelas três grandes agências (S&P, Moody’s e Fitch). Esta limitação, recorde-se, implica que uma regra de “ratings” mínimos do BCE – que será aplicada em caso de saída limpa do programa de ajustamento – colocará a capacidade de financiamento nacional nas mãos de uma única agência, a canadiana DBRS.

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