Arquivo da categoria: Pontos críticos

Análises diárias aos temas que marcam a actualidade

Só 3.900€/mês? Inconstitucional, diz tribunal alemão

17/02/2012
Colocado por: Pedro Romano

O episódio é caricato e irónico, tendo em conta o período por que a Europa está a passar. Um professor universitário alemão, irritado com o que considerava um salário anormalmente baixo (3.900€), remeteu uma queixa ao Tribunal Constitucional, acusando o seu empregador, a Universidade de Marburgo, de lhe pagar um vencimento “inadequado”.

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Passos Coelho e troika somam 100 mil desempregados

16/02/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

* Nota: o INE avisa que há quebras de estrutura nestes dados com “alterações significativas no que respeita ao plano de amostragem, dimensão e rotação da amostra, calibração dos resultados e a nível conceptual e do questionário” entre as várias séries temporais. Foram usadas aqui quatro séries: 1983 a 1991; 1992 a 1998; 1998 a 2010; 2011. Fonte: INE 

 

Algumas notas rápidas sobre o desemprego de hoje: quase 800 mil pessoas sem emprego. No quarto trimestre, o número de desempregados atingiu os 771 mil, mais 96 mil que os valores registados no segundo trimestre do ano, imediatamente antes da entrada em funções do Governo de Passos Coelho e da intervenção da troika.

Empresários do móvel também vão à China

14/02/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

 

Durão Barroso e Herman Van Rompuy hoje em Pequim com Wen Jiabao Fonte: Nelson Ching/Bloomberg

 

Tudo no mesmo dia: hoje, em Washington, o presidente Obama recebe Xi Jinping, o futuro presidente da China (análise de há dois dias no NYT); Umas horas antes, em Pequim, Wen Jiabao, o primeiro ministro, recebeu Durão Barroso e Herman Van Rompuy prometendo comprar dívida europeia. Ao mesmo tempo, em Portugal, é anunciada a visita de empresários de mobiliário de Paços de Ferreira a “Xangai, Anshun, Guizhan, Shunde, Guagzhou, Zuhai e Macau”. De Paços de Ferreira a Washington, passando por Bruxelas o lema dos tempos que correm parece bem sintetizado no comunicado que os empresários da capital do móvel enviaram à imprensa: “oportunidade a não perder” (E pode não durar sempre, avisa por exemplo a The Economist que desde este ano dedica uma secção inteira à China).

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Quatro maneiras de fazer feliz a sua cara-metade


Colocado por: Pedro Romano

De facto, são 14 maneiras, mas por razões de espaço optámos por apenas mostrar as quarto que considerámos mais promissoras. O resto está neste site. Deixamos apenas um alerta: o leitor deverá ter cuidado com o público-alvo. Não há nada pior do que ter de explicar uma declaração de amor. Na dúvida, opte pelas tradicionais rosas. 

 

 

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Entretanto, na Argentina…

03/02/2012
Colocado por: Pedro Romano

Lembram-se da Argentina? A Argentina é um caso particular na economia internacional. Abandonou um regime de câmbios fixos com os Estados Unidos no início da década passada, entrou em “default” parcial da sua dívida externa e impôs controlos de capitais. O processo foi traumático (o PIB caiu 10%) mas, a partir daí, não se pode dizer que as coisas tenham corrido mal, com a economia a crescer entre 8 e 9% ao ano. Milagres do “default”?

 

Talvez não. Uma das críticas feitas por alguns observadores da situação argentina é que as estatísticas são muito pouco fiáveis – os valores da inflação, em particular, estariam a ser bastante subestimados, ocultando assim o aumento do custo de vida e aumentando artificialmente o crescimento do PIB (e não é difícil: basta que o Índice de Preços no Consumidor seja utilizado para deflacionar uma grande parte do Produto).

 

Agora, o FMI emitiu um comunicado a dar o seu parecer. O Executive Board reuniu-se para analisar um relatório acerca do caso argentino e concluiu que a Argentina precisa mesmo de aumentar a qualidade das suas estatísticas oficiais. O FMI “lamenta a ausência de progresso” no alinhamento da medição da inflação “com as práticas estatísticas internacionais” e “tomou nota” da intenção de Buenos Aires de tomar medidas para melhorar a qualidade das Contas Nacionais, utilizadas para medir o PIB. A Argentina tem agora seis meses para provar que o “milagre” da última década não foi mero “erro” estatístico.