Desta vez a conversa da saída da Grécia é para levar a sério?
A saída da Grécia da Zona Euro volta às primeiras páginas dos jornais. Já aconteceu mais vezes nesta crise, mas na sequência dos resultados eleitorais gregos a pressão está ao máximo e nos últimos dias até vários membros do BCE aceitaram comentar uma possível saída da Grécia da Zona Euro. A Bloomberg dá conta cinco de pelo menos cinco membros do Conselho de Governadores que comentaram um cenário que, até agora, pura e simplesmente excluíam: Christian Noyer (França); Jens Weidmann (Alemanha), Patrick Honohan (Irlanda), Ewald Nowotny (Austria) and Joerg Asmussen (BCE). O tema está a receber atenção em todo o mundo, pelo que o “Estamos a ler” de hoje lhe é inteiramente dedicado. Por isso, além disto estamos também a ler:
2. Krugman diz que a Grécia pode sair do euro no próximo mês e admite um “corralito” no país (Conscience of a Liberal);
3. Wolfgang Munchau traça quatro cenários para Grécia: 1) manter as actuais políticas o que deverá elevar o desastre político e económico; 2) forçar equilíbrio da balança orçamental primária grega e fazer “default” total a toda a dívida privada e pública (incluindo FMI, BCE e UE); 3) aliviar a austeridade, reverter o programa de ajustamento e fazer default unilateral (Grécia acabaria expulsa), 4) Sair já do Euro de forma voluntária (Financial Times);
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Sisa paga por Cavaco Silva está protegida pelo sigilo fiscal
Fonte: direitos reservados
Em meados de Abril o Tribunal Central Administrativo do Sul proferiu um interessante acórdão onde tomou partido por um de dois direitos em conflito: o direito à informação por parte dos órgãos de comunicação social, e o direito à reserva da vida privada de uma figura de Estado.
Estiveram em causa o interesse público no esclarecimento do contexto tributário em que se fez a polémica permuta da vivenda “Mariani” com a Casa da Gaivota Azul, realizada em 1998 por Aníbal Cavaco Silva, e o direito do actual Presidente da República à sua intimidade, tendo os juízes decidido pela preponderância desta última.
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O pacto de crescimento de Carlos Costa
Carlos Costa no Parlamento a 13 de Abril Fonte: Mário Proenca Bloomberg
Durão Barroso sintetizou bem a última viragem de ventos na política europeia. Há um “novo consenso” que defende que as políticas de austeridade têm de ser combinadas com crescimento. Dias antes Mario Draghi, Presidente do BCE, havia marcado a agenda, detalhando pormenores da seu “pacto de crescimento”, pedindo uma visão para a Zona Euro daqui a dez anos e, como noticiamos no Negócios, pressionando para que resultados significativos em termos de propostas de política apareçam até ao final deste mês. Os três pilares de crescimento defendidos em Frankfurt são: 1) melhorar e efectivar a “governance” europeia; 2) avançar com reformas estruturais no mercado de trabalho, mas também na concorrência; 3) estimular investimento, sem afectar trajectória de consolidação orçamental.
Neste debate, vale a pena também olhar para o que disse recentemente o Banco de Portugal. Em duas intervenções recentes Carlos Costa, governador, desenhou o seu próprio pacto de crescimento.
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O desemprego e as previsões da polémica
Vítor Gaspar em entrevista em Nova Iorque a 19 de Abril Fonte: Scott Eells/Bloomberg
Não anda fácil acompanhar as prespectivas macroeconómicas do Governo. Como o Negócios noticiou no final do mês, as previsões da equipa das Finanças inscritas no documento de estratégia orçamental são mais optimistas que as da troika em toda a linha, uma opção que hoje mereceu criticas no Parlamento. Mas, na verdade, hoje ficámos a saber que o optimismo não se verifica em toda a linha. Para o desemprego o Executivo está menos optimista que Comissão Europeia e FMI. Recorde-se que esta variável tinha sido inexplicavelmente excluída deste documento central na gestão financeira do Estado. Acabou por ser apresentada em Bruxelas. É com ansiedade que se aguardam as novas previsões da Comissão Europeia que serão publicadas na sexta-feira. Mas vejamos então as comparações entre Governo e troika para as principais variáveis.
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A mulher mais poderosa de Portugal é angolana
Fonte: Direitos Reservados
Na segunda, Isabel dos Santos comprou mais 9,4% do BPI, duplicando a sua participação. Na terça, comprou mais 5% da Zon e passou a ser a maior accionista da empresa. E o editorial de quarta está escrito há dois anos e meio.
É somar-lhe mais peso no BPI, Zon e Galp. E dois anos e meio de idade.