O milagre do crescimento alemão
Parlamento alemão Fonte: Michele Tantussi/Bloomberg
Há uns dias, enquadrado no actual debate sobre crescimento, o Ifo, importante instituto alemão de estudos económicos, liderado por Hans-Werner Sinn, fez chegar um comentário sobre o tema às redacções, no qual se opunha à deriva pró-políticas de crescimento na UE. Avisava os políticos alemães que o objectivo destas tentativas do Sul é crescer à custa da Alemanha (“o que é compreensível”), mas esclarecia que as consequências seriam roubar poupança e crescimento futuro à maior economia europeia. Terminava com a frase: “É hora dos países periféricos do euro começarem a crescer usando as suas próprias poupanças”.
A outra face do PIB e do desemprego
Os principais números do primeiro trimestre de 2012 tiveram um sabor agridoce. Do lado da actividade económica, as notícias acabaram por ser boas: o PIB manteve-se praticamente ao nível do trimestre anterior (-0,1%) e furou as expectativas mais pessimistas, que apontavam para contracções na casa dos 1 a 1,5%.
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Suíça encabeça índice do sigilo financeiro
Agora que a Suíça voltou às páginas dos jornais nacionais devido à nebulosa cortina que construiu em torno do seu sistema financeiro e fiscal, vale a pena olhar para o índice do sigilo financeiro, um indicador construído pelo Tax Justice Network, um grupo de activistas britânico, constituído por académicos, advogados, contabilistas, entre outros, com um prolífero trabalho na área da transparência fiscal internacional.
A Suíça lá está, encabeçando o “ranking”, e acompanhada de outros territórios, alguns dos quais também não têm sido classificados como paraísos fiscais por autoridades como a OCDE.
O bom, o mau e o urgente no primeiro ano de troika
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Rasmus Ruffer (BCE), Jurgen Kroeger (Comissão) e Poul Thomsen (FMI) na primeira avaliação à execução do programa de ajustamento em Agosto do ano passado Fonte: Bruno Simão/Negócios
Faz hoje um ano sobre sobre a aprovação do memorando de entendimento.
Quem quiser acompanhar a execução do programa pode gostar de dar um salto à “Nova Economics Club“, da Universidade Nova, onde os professores Paulo Leiria, Pedro Pita Barros, Susana Peralta, e Nuno Garoupa coordenam os alunos do mestrado em Economia na realização de avaliações sectoriais. Divulgaram hoje relatórios de avaliação sobre mercado de trabalho, habitação e justiça.
Aqui pelo Negócios, publicámos hoje um balanço, explicando como a crise grega e o aumento do desemprego entrarão na quarta revisão do programa (que começa na terça-feira) e elegendo “o bom”, “o mau” e “o urgente” do primeiro ano de troika. Aqui ficam as 15 dimensões que destacámos:
Vai ser mais fácil abrir sex-shops
Post de João Carlos Malta, jornalista cá da casa
Flyer para sex-shop no Mexico Fonte: Carlos Garcia Campinho, licença Creative Commons
Se no início do mês, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, apresentou o Programa Indústria Responsável (PIR) como uma iniciativa inédita para desburocratizar os licenciamentos de novas unidades fabris e promover o investimento, o Governo quer agora retirar barreiras ao florescimento de outros negócios. A atenção do executivo virou-se para as sex-shops. Com a aplicação do regime de licenciamento zero, vai ser mais fácil abrir uma loja que se dedique à venda de brinquedos sexuais.