Funcionários públicos ganham mais… nos EUA
Parece de propósito, mas não é. O Congressional Budget Office dos EUA fez um estudo que replica aquilo que o Banco de Portugal fez para Portugal: uma comparação exaustiva de salários entre sector público e privado, controlando variáveis como anos de escolaridade, experiência e localização geográfica. Lá, como cá, as conclusões apontam no sentido de um prémio substancial no sector público, que ronda os 20%. Sobre o estudo do BdP, que foi recentemente “revisitado” através de uma abordagem mais fina, já escrevemos aqui. Além disso, também estamos a ler:
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A histeria dos mercados na avaliação dos juros no euro
Se, durante anos, os mercados erraram sistematicamente na avaliação do prémio de risco das obrigações soberanas na área do euro – atribuindo o mesmo risco à Grécia e à Alemanha – porque é que agora se acha que os mercados estão a avaliar de forma correcta o risco no mercado? A pergunta é de Paul De Grauwe e Yuemei Ji, num artigo publicado no VoxEU.org, onde os dois economistas dão também a resposta: os mercados, em modo de histeria, estão, na verdade, a avaliar mal o risco soberano no euro, e os políticos têm de levar isso em conta nas suas políticas. É por isso essencial que a par com medidas de redução do peso da dívida, a Europa avance com medidas de estímulo monetário e de contenção orçamental. Além disto, estamos também a ler:
2. Carlos Tavares contra Carlos Costa no corte de salários (Negócios)
3. Uma proposta de solução para a segmentação do mercado de trabalho espanhol (VoxEU.org)
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Tempestade em Espanha… e não só
Um início de semana quente em Espanha. Hoje pela manhã duas más notícias: por um lado o banco central apontou para uma contracção do PIB de 1,5% este ano, por outro o FMI vê mesmo risco de insolvência no País. Rajoy continua comprometido com mais medidas de austeridade, mas pode adiá-las para depois das eleições regionais de Março. As palavras de Lagarde, pedindo um reforço dos fundos europeus, estão a percorrer o mundo, sinalizando uma preocupação crescente do FMI com a situação europeia. Simon Johnson e Peter Boone dizem que podem ser precisos 5 biliões de euros. O enfoque sobre as dificuldades espanholas surgem no dia em que os ministros das Finanças do euro se reunem para analisar a crise europeia com dois outros temas quentes: o apcto orçamental e a reestruturação da dívida grega. Sobre o primeiro ponto, já não há muitas duvidas. Já sobre a redução da dívida grega, as negociações seguem, com os credores a endurecer o discurso. Além disto, estamos também a ler:
2. Depois de vários episódios fiscais polémicos, Mitt Romney vai tornar publica a sua declaração de rendimentos (The Caucus)
3. Precisa de um hacker? Não é assim tão difícil de encontrar, com endereço electrónico e tudo (Wall Street Journal)
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Os paraísos de Mitt Romney
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A campanha do republicano Mitt Romney está a ser marcada por vários tropeções tributários. Primeiro, as suas propostas fiscais sofreram críticas violentas pelo facto de aprofundarem a desigualdade da distribuição do rendimento nos EUA, um país onde já há multimilionários como Warren Buffet a reconhecerem que pagam poucos impostos. Depois, veio a revelação de que, apesar de ser detentor de uma vasta fortuna pessoal, uma das maiores que algum candidato presidencial alguma vez exibiu, suportou uma taxa média de tributação de… 15%. Agora, chega a notícia de que distribui a sua fortuna por diversos fundos sedeados no offshore das Ilhas Caimão. Perante isto, há já quem sugira que o candidato encerra em si os vários vícios norte-americanos. Além disto, também estamos a ler:
2. Dinamarca ensaia escolas sem livros (Wall Street Journal)
3. Draghi no twitter? (Alphaville)
Europa a caminho da depressão?
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Os desenvolvimentos dos últimos dias têm sido assustadores, com a estratégia de austeridade pan-europeia a alarmar cada vez mais especialistas. Uma preocupação que o corte da S&P veio apenas confirmar (duas análises interessantes no Free Exchange, um dando conta dos problemas de diagnóstico da crise pelos líderes europeus, o outro admitindo que a Europa pode estar a caminho de um novo equilíbrio em termos de ratings). Martin Feldstein, economista liberal norte-americano, frisa que a aplicação das regras orçamentais pensadas no “pacto orçamental europeu” podem por a Europa a caminho da depressão. Herman Von Rompuy, presidente do Conselho Europeu, defende as medidas já implementadas, mas avisa que a Europa precisa urgentemente de uma estratégia de crescimento. Além disto, estamos também a ler
2. Os grandes números dos resgates (EFSF, na Zona Euro e TARP, nos EUA) que afinal são mais pequenos, por António Fatas (Antonio Fatas e Ilian Mihov)
3. Precisamos de inflação para salvar o mundo, escrevem Menzie Chinn (Foreign Policy)