Arquivo da categoria: Em teoria

Novidades na investigação económica

Porque é tão difícil apanhar um táxi quando está a chover?

07/11/2014
Colocado por: Nuno Aguiar

The New York Times Headquarters Ahead Of Earns Figures

 

São 3h00 no Cais do Sodré. Estamos cheios de frio, a chuva bate-nos com toda a força na cara, o vento destrói-nos o chapéu-de-chuva, em geral, sentimo-nos miseráveis e… NÃO HÁ MANEIRA DE APARECER UM RAIO DE UM TÁXI para nos levar a casa. Já todos tivemos uma experiência espectacular semelhante a esta.

 

Será azar? Karma? Estarei a procurar no sítio errado? Aparentemente existe uma explicação económica para isso acontecer. Estudos anteriores apontavam para que a culpa fosse da curva da procura. A chuva provoca um aumento súbito da procura por viagens de táxi que não obtém resposta imediata da oferta. Isto é, este momento transforma-se num período de transição, de desencontro entre procura e oferta e de meias encharcadas.

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Estudo do BCE volta a apontar vantagens de uma desvalorização fiscal

25/08/2014
Colocado por: Rui Peres Jorge
Os primeiros chefes de missão da troika em 2011: Rasmus Ruffer (BCE), Juergen Kroeger (Comissão) e Poul Thomsen (FMI). A desvalorização fiscal foi uma da primeiras e principais prescrições do programa de ajustamento.

Os primeiros chefes de missão da troika em 2011: Rasmus Ruffer (BCE), Juergen Kroeger (Comissão) e Poul Thomsen (FMI). A desvalorização fiscal foi uma das primeiras e principais prescrições do programa de ajustamento.

Foi uma bandeira da troika e talvez a maior derrota do FMI no programa de ajustamento. Foi a medida que prometia suavizar a recessão e que acabou no lixo. Foi a receita que Vítor Gaspar primeiro desvalorizou e depois implementou numa versão adaptada, para recuar dias depois perante centenas de milhares de portugueses na rua a protestar e o descontentamento dos patrões. Foi também por ela que António Borges apelidou de ignorantes os empresários que a criticaram. Chama-se desvalorização fiscal, propõe uma descida da TSU dos trabalhadores em troca de uma subida de IVA, e volta a ser analisada num estudo publicado no BCE, no qual são analisados os casos português e espanhol. As conclusões voltam a apontar vantagens de uma medidas deste tipo.

 

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Gastos com pensões explicam estagnação portuguesa?

09/05/2013
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Fonte: Yuriko Nakao/Bloomberg

 

Esqueça a concorrência da China, o mercado de trabalho muito rígido ou os gastos públicos discricionários. A explicação para a estagnação da economia portuguesa está nos gastos com pensões – com grandes responsabilidades para os governos de Cavaco Silva – e no mau trabalho desempenhado pelos bancos na primeira década da moeda única – que canalizaram o enorme fluxo de recursos financeiros que chegou com o euro para os sectores menos produtivos. Esta é conclusão de Ricardo Reis, economista e professor na Universidade de Columbia.

Mulheres têm menos acesso às melhores empresas

08/03/2013
Colocado por: Catarina Almeida Pereira

 Fonte: Reuters

 

Têm mais qualificações e menos experiência, mas se descontarmos estes factores as mulheres ganham menos 20,5% do que os homens.  É deste diagnóstico que partem Ana Rute Cardoso, Paulo Guimarães e Pedro Portugal, num estudo que analisa informação relativa a 576 mil empresas e 4,1 milhões de trabalhadores, registada nos quadros de pessoal entre 1996 e 2008, onde tentam descobrir onde estão os “tectos de vidro” que explicam esta diferença.

Democracia garante mais crescimento?

25/01/2013
Colocado por: Nuno Aguiar

A resposta simples é “não”. Pelo menos segundo as conclusões do recente paper de Caroline Freund e Mélise Jaud. Calma, calma, não comece já a insultar-nos. Leia até ao fim.

 

As autoras, ambas do Banco Mundial, admitem que a literatura aponta duas conclusões distintas: comparações entre países mostram que não há impacto, estudos país-a-país mostram que existe uma correlação positiva. Freund e Jaud argumentam que os resultados mais positivos registados depois de uma transição para a democracia não se devem à alteração política, mas sim à própria mudança de regime. Utilizando um universo de 90 tentativas de democratização, observam que 45% são bem sucedidas, 40% falham e 15% atingem a democracia gradualmente (4 a 15 anos). 

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