Ratings contam mais se forem negativos
Vítor Constâncio, vice-presidente do BCE, criticou hoje as agências de rating por decisões confusas durante a crise, nomeadamente cortes abruptos nas notações de risco. Um sinal de preocupação pela parte do BCE que, aliás, faz depender a sua política de colaterais das notações desta agências. Um recente estudo publicado no BCE, e assinado por António Afonso, Davide Furceri e Pedro Gomes, traz mais alguma luz sobre estas poderosas empresas.
Em “SOVEREIGN CREDIT RATINGS AND FINANCIAL MARKETS LINKAGES APPLICATION TO EUROPEAN DATA” os três economistas concluem que as notações de risco têm um impacto significativo nos “spreads” das taxas de juro, especialmente se forem no sentido negativo. Concluem ainda que o impacto nos spreads dos CDS a anúncios negatovos aumentou após a queda da Lehman Brothers, o que não deixa de ser irónico: grandes bancos e agências acabam por sair vencedores de uma crise onde tiveram muitas responsabilidades.
Pedro Passos Coelho: “Eu acho que podemos surpreender e ir além do acordado com a troika”
Pedro Passos Coelho à Reuters: “Eu acho que podemos surpreender e ir além [do que foi acordado com a troika]“.
Vamos precisar de um supergovernador
Sobre Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, recai muita expectativa, nomeadamente da própria troika. E especialmente se das eleições não sair um solução governativa estável e com força democrática, revelaram várias fontes ao Negócios.
Afinal, nas cartas de intenção enviadas a Bruxelas e ao FMI em nome de Portugal estão dois nomes: o seu e o do ministro das Finanças. Acontece que segunda-feira, dia 6, Teixeira dos Santos estará fora do Governo. Carlos Costa, pelo contrário, celebra o seu primeiro de cinco anos do seu mandato.
A democracia aflita… e logo na Grécia
Nasceu na Grécia, espalhou-se pelo mundo que consideramos desenvolvido, mas está agora em apuros. E logo na terra-mãe. Jean Quatremer, no seu blogue Coulisses de Bruxelles, faz um retrato desolador da avaliação dos gregos sobre a política interna. Por exemplo: quase um quarto deseja um líder forte e entende que o Parlamento não pode ser um obstáculo para reformar o país.
Acordo com a troika: reinventar a roda
1. O acordo da troika procura reinventar a roda e destrói o que funciona entretanto (The Portuguese Economy)
2. A Grécia pode entregar recolha de impostos e plano de privatizações à troika (Kathimerini)
3. Vários leilões de obrigações testam contágio na Europa (WSJ)
4. Código de ética do FMI não é assim tão rigoroso para os cargos de topo (NY Times)
5. Privatizar é a solução para a Grécia? Nem por isso (VOX)
6. As ajudas aos bancos como formas de proteccionismo (VOX)