Quanto custou ajudar a banca?
Menos do que se pensava. A OCDE mostra os números, num quadro que replicamos em baixo.
Conselho de Finanças Públicas perdido em combate
Onde é que está o Conselho de Finanças Públicas? Parece que não, mas já lá vai um ano e meio desde que este órgão começou a ser idealizado. Supostamente, já teria até produzido a sua primeira análise há seis meses, quando o Orçamento do Estado para 2012 foi apresentado. Até agora, nada. A história é recheada de demasiadas peripécias para que resistamos a recapitular algumas:
A era da repressão financeira
Inflação, crescimento, austeridade. Há muitas formas típicas de afrouxar a pressão sufocante da dívida pública. E depois há as heterodoxas, como a pressão financeira. Financial repression: then and now, de Carmen Reinhart e Jacob Kirkegaard, explica em que consiste o mecanismo e onde é que ele já está a ser sibilinamente implementado. Além disso, também estamos a ler:
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Confiança na economia portuguesa
Confiança, confiança, confiança. Este tem sido o discurso dominante das autoridades nacionais. Passos Coelho pede aos parceiros europeus que confiem na capacidade do Executivo de implementar as reformas e medidas acertadas no âmbito do Memorando de Entendimento. Vítor Gaspar pede aos mercados que confiem na solidez das contas públicas portuguesas. Álvaro Santos Pereira pede aos investidores que confiem na robustez da economia portuguesa. E até Carlos Costa pede confiança na situação da banca nacional.
Mas há confiança? Há sinais contraditórios. Destacamos três, com os principais sinais negativos a chegarem dos depósitos dos não residentes:
Gastar mais reduz o défice
O Wall Street Journal dá hoje grande destaque a um estudo de Larry Summers e Brad DeLong, segundo o qual um estímulo orçamental pode diminui a dívida pública em determinadas circunstâncias. A armadilha de liquidez em que grande parte da Europa e EUA caíram é uma delas: Summers and DeLond push for more government spending. Também estamos a ler:
2. The logic and fairness of Greece's programme (Vox). O economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, analisa o segundo programa de austeridada da Grécia. O diagnóstico “transpira” a Portugal por todos os poros.
3. Fed's Bullard sees price threat from G7delaying tighter policy (Bloomberg). Um dos presidentes da Fed alerta para os riscos que a actual política monetária pode ter para a inflação.
4. The strange case of disappearing productive capacity (Mainly Macro). A capacidade produtiva (aka PIB potencial) está a desaparecer um pouco por todo o mundo desenvolvido. Simon Wren-Lewis descobriu que o Reino Unido não escapa à regra.
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