Não contem com um euro estável
Não contem com um euro estável, é o conselho do economista Ken Rogoff. O antigo economista-chefe do FMI está espantado com a força do moeda única e pesou os argumentos de um lado e do outro: um forte a favor da desvalorização e seis “assim-assim” a favor da valorização. Conclusão: não é líquido que a moeda europeia vá afundar, mas é certo que continuará instável (no Project Syndicate). Além disso, também estamos a ler:
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O “milagre” laboral alemão
A Alemanha, que durante as últimas duas décadas não se salientou propriamente por baixas taxas de desemprego, parece estar a passar “entre os pingos da chuva” durante a crise, diminuindo o desemprego de forma assinalável. Michael Burda e Jennifer Hunt explicam, research fellows do CEPR, defendem que o “milagre” alemão não tem que ver com as muito elogiadas práticas laborais, nomeadamente nos acordos de redução de horários de trabalho, mas sim com um evento “não repetível”: falta de confiança no período anterior à crise, que tolheu as contratações. Ou seja, o “bom momento” actual resulta apenas de o anterior momento ter sido pior do que seria de esperar. Should we believe the german labour market miracle (no Vox.eu). Além disto, também estamos a ler:
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A tragédia grega em grandes números
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O momento “Volcker” de Ben Bernanke
O presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, encontra-se em 2011 onde Volcker se encontrava em 1979: perante uma economia a desfazer-se e com as armas habituais (quase) completamente inutilizadas. A comparação é feita hoje no New York Times por Christina Romer, que defende uma nova abordagem à política monetária: trocar o “inflation targeting” por um “Nominal GDP targeting”. Ben Bernanke needs a Volcker moment, no NYT. Além disso, também estamos a ler:
2. More Thoughts on weaponized keynesianism, por Paul Krugman. O académico de Princeton discute a velha questão keynesiana: será que encher e tapar buracos é mesmo bom para a economia? E o raciocínio aplica-se às despesas militares? (no The Conscience of a Liberal)
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O que vale mais meia hora?
O “game changer” que o FMI propôs (descida da TSU) foi substituído por uma medida de efeitos mais limitados (mais meia hora de trabalho por dia). A justificação oficial de Vítor Gaspar, elaborada em entrevista recente ao Negócios, é que “a medida (…) é particularmente importante para os sectores da indústria transformadora, para exportadoras, para actividades que, em Portugal, se possam expandir, neste período, porque podem responder à procura externa”. Mas os resultados do inquérito de conjuntura publicado ontem pelo INE parecem dar razão aos que se têm mostrado cépticos em relação à medida.