Quanto vale (mesmo) o sistema bancário?
A importância dos bancos enquanto mediadores de fluxos financeiros é bastante consensual. O sistema financeiro capta as poupanças dos agentes económicos com excedentes e canaliza-as para os agentes económicos com défices financeiros, garantindo aos primeiros que as suas poupanças poderão ser remuneradas com juros e aos segundos que os seus investimentos não serão travados por falta de capital. Mas estaremos a medir bem a importância deste serviço?
Da desigualdade à Grande Recessão
A desigualdade pode não ter criado a Grande Recessão, mas pavimentou o terreno para que ela surgisse em 2007 e mergulhasse a economia mundial numa recessão prolongada. A teoria é de Michael Kumhof, o deputy director da modeling division do Departamento de Investigação do FMI, e Romain Ranciére, professor associado da Universidade de Paris e investigador do CEPR, que publicaram o 'paper' Inequality, Leverage and Crises. O estudo foi publicado em Novembro de 2010 mas os autores apresentaram recentemente uma versão resumida do estudo no site Vox.
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Uma folga de 2.000 milhões de euros
Fonte: Pedro Elias/Negócios
A polémica em torno da suposta “folga orçamental” que os fundos de pensões da banca permitem ao Governo na gestão do Orçamento do Estado pode ser menos complicada do que parece.
Capitalismo ou a Crise – quem acaba primeiro?
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Será que o capitalismo vai resistir à crise financeira e económica? Esta é a pergunta que o economista Kenneth Rogoff faz na sua coluna de hoje do Project Syndicate – Is modern capitalism sustainable? O capitalismo, diz o antigo economista-chefe do FMI, produziu um crescimento fenomenal da riqueza durante os últimos dois séculos, mas à medida que as principais necessidades vão sendo satisfeitas, tornam-se mais óbvios os seus subprodutos nefastos: desigualdade, problemas ambientais, etc. Além disto, também estamos a ler:
2. Keep the IMF out of Europe, por Mario Blejer e Eduardo Levy Yeyati. Os economistas argentinos analisam a intervenção do Fundo na Europa e apontam os problemas que a opção levante. Nomeadamente, o precedente que abre ao fazer com que o Fundo entre com o dinheiro que a Alemanha não está disposta a usar (no Project Syndicate).
3. The question of the eurobonds, por Richard Posner. O economista explica o problema que a criação de obrigações levanta na Zona Euro e o jogo de interesses divergentes que não pára de adiar a sua concretização. What a mess!, é a conclusão.
Blejer e Levy: FMI, “the third party that tells the client the nasty bits”
“So far, programs for the eurozone periphery have been spearheaded and largely financed by European governments, with the IMF contributing financially, but mainly acting as an external consultant – the third party that tells the client the nasty bits while everyone else in the room stares at their shoes”.
Mario Blejer e Eduardo Levy, numa coluna assinada hoje no Project Syndicate.