“Nós não queremos um Estado que manda na administração e, por via indirecta, ainda nomeia gestores de empresas privadas”
Em Abril de 2010, durante o XXXIII congresso do PSD, Pedro Passos Coelho garantia querer “acabar com a promiscuidade entre a esfera pública e privada”.
No discurso que proferiu no encerramento do encontro, deixou a promessa sobre o que se poderia esperar da sua actuação, caso chegasse ao almejado cargo de primeiro-ministro: “Nós queremos o Estado fora dos negócios. Nós não queremos um Estado que apoie algumas empresas e não outras. Nós não queremos um Estado que manda na Administração e, por via indirecta, que ainda nomeia gestores de empresas privadas e que discute ao longo das semanas nas páginas dos jornais quem são os senhores ex-ministros que podem por essa via ser nomeados presidentes de empresas privadas”.
Ainda sobre os impostos da família Jerónimo Martins
Falar dos impactos fiscais de uma deslocalização de um grupo como o da família Soares dos Santos sem conhecer concretamente as suas intenções ao nível da reestruturação societária e dos seus planos de negócio futuros é um arriscado exercício de especulação científica.
Contudo, com o que se sabe até ao momento, não estaremos perante a típica situação de eliminação da dupla tributação económica em IRC, uma questão que recentemente foi alvo de um despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, e que tem sido aduzida como a mais óbvia das razões para esta deslocalização.
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Guia prático para a saída do euro
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Entre a literatura que já foi sendo produzida sobre o cenário de abandono do euro por parte de um dos seus membros, e que já aqui assinalámos, vale a pena ler o ensaio de Eric Dor, responsável pelo departamento de investigação da IESE School of Management, da Universidade Católica de Lille.
“As pessoas que têm problemas financeiros não têm poder”
É desta forma que Cândida Almeida, procuradora-geral Adjunta, explica hoje em entrevista ao Negócios porque é que não há uma correlação directa entre crises económico-financeiras e corrupção.
Quanto vale a equidade nos sacrifícios?
Para quem há menos de quatro meses ouviu o Governo a argumentar que os juros e os dividendos não podiam ser sujeitos à “sobretaxa extraordinária de IRS” que vai ser cobrada sobre os rendimentos deste ano, sob pena de se espantar o investimento e de se ameaçar a poupança nacional, a decisão anunciada esta semana de subir as taxas liberatórias sobre esses mesmos rendimentos é intrigante.
Créditos: Miguel Baltazar/Negócios