Tim Duy descreve com profundidade e de forma relativamente simples uma das principais histórias do ano na política monetária: a potencial perda de independência do banco central do Japão a favor de uma estratégia de monetização explícita de défices. Em Missing The Big Japan Story Tim Duy recorre a vários artigos, incluindo um conhecido discurso de Ben Bernanke sobre a articulação entre a política monetária e a política orçamental, para sublinhar a importância do que está a acontecer no Japão (Este é um tipo de desenvolvimento que merece apoio de economistas menos ortodoxos). Vale também a pena ler a análise de Duy à recente alteração de regra de política monetária nos EUA. Além disso, estamos também a ler:
2. Lack of progress in Macroeconomics. Antonio Fatás responde a críticas de Jeffrey Sachs aos keynesianos. Fatás diz que o conhecido economista ignora elementos consensuais entre economistas acabando por apresentar um artigo inconsistente que sofre do que chama “sindroma do 'é tão óbvio'” que nem precisa de ser fundamentado…
3. A Conservative Case for the Welfare State. Bruce Bartlett, economista que serviu Reagan e Bus pai, defende no Economix a importância do estado social nos EUA. “O Estado social foi criado para limar as arestas brutas do capitalismo e torná-lo mais sustentável”, diz.
4. Is US economic growth over? Faltering innovation confronts the six. Podemos crescer para sempre? A pergunta parece uma provocação, mas não é. A ideia mais comum de que o crescimento económico é um processo contínuo é ocntestada por Robert J. Gordon. A Grã-bretanha passou por exemplo muitos séculos sem crescer e nada garante que tal não volte a acontecer. Na verdade, diz, esse parece ser o cenário mais provável: por um lado, falta-nos uma revolução industrial, por outro há seis factores a “roubarem” potencial de crescimento aos EUA…
5. Is Growth Over? Paul Krugman contesta o pessimismo tecnológico de Gordon e argumenta a que revolução tecnológica está apenas a começar.
6. The Fed's great experiment. John Cochrane partilha o seu cepticismo sobre as recentes decisões de Ben Bernanke em relação à política monetária norte-americana.
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