Percentagem de adesão aos dois dias de greve por parte de médicos, de acordo com as contas dos sindicatos.
Os médicos uniram-se, nesta quarta e quinta-feiras, naquela que foi já considerada a “maior greve de médicos de sempre”, nas palavras dos líderes sindicais. Milhares de consultas e cirurgias foram canceladas por causa desta paralisação que foi convocada pelos dois sindicatos, com o apoio da Ordem dos Médicos, depois de o Ministério da Saúde ter aberto um concurso para a contratação de 2,5 milhões de horas de serviços médicos, pelo preço mais baixo. O ministro Paulo Macedo acabou por introduzir alguns ajustes, como a diminuição do número de horas em jogo (para 1,9 milhões) e a introdução do critério qualidade, mas não foi suficiente para os sindicatos desistirem da greve.
O protesto da classe médica ficou também marcado pela manifestação em frente ao Ministério da Saúde, onde mais de 3.000 médicos gritaram contra as medidas que estão a ser adoptadas pelo ministro Paulo Macedo. Desde o tempo de Leonor Beleza, há 25 anos, que não havia um protesto de tal dimensão nesta classe vista por muitos como “privilegiada”.
Esta tarde, o ministro da Saúde e os sindicatos retomaram as negociações. Resta saber até onde estarão dispostas a ceder as duas partes.