Yannis Stounaras já marcou presença por duas vezes aqui no Negócios. Lembrámos isso mesmo no massa monetária em Maio com o título “Grécia e Portugal pelo novo ministro do planeamento grego”. Desde hoje, o post que agora recuperamos passou a chamar-se “O novo ministro das Finanças grego já passou por aqui”. Para os interessados, aqui ficam as duas entrevistas de um homem que considera que o sucesso de um programa de ajustamento precisa que um ministro das Finanças acredite incondicionalmente no programa.
A primeira, a partir de Atenas, há cerca de dois anos, pouco antes de o País ter accionado o pedido de assistência financeira. Na altura, Stournaras, uma das figuras que preparou a entrada da Grécia no euro, no início da década de 2000, explicava porque é que, em seu entender, a Grécia é “a última economia soviética da Europa”, e tecia fortes críticas à Comissão Europeia – a propósito, dizia que Angela Merkel queria o FMI nas negociações com os gregos, porque não confia na Comissão. Em análise este ainda o tão famoso quanto polémico “swap” montado pela Goldman Sachs, que terá facilitado o cumprimento das metas orçamentais por parte dos gregos.
A entrevista pode ser lida aqui: Parte 1, Parte 2
A segunda vez que Stournaras se cruzou com o Negócios foi em Lisboa, no Ritz, onde ficou hospedado a convite de uma iniciativa local da Deloitte.
Estávamos em Maio de 2011, com o pedido de assistência externa português activado, e à espera das eleições legislativas que acabariam por dar maioria absoluta ao PSD/CDS.
Os conselhos de quem nos levava um ano de avanço, foram no sentido de não cortar drasticamente no investimento público e pressionar Bruxelas a antecipar os fundos estruturais; obrigar a troika a comprometer-se anão rever os valores do défice e da dívida; formar um Governo com adeptos incondicionais do plano de austeridade.
Uns Portugal cumpriu, outros nem tanto. Veja a segunda entrevista, mais recente, aqui: Parte 1, Parte 2
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