Narrativas alternativas sobre os défices externos
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Preparação da conferência de imprensa conjunta de Pedro Passos Coelho e Angela Merkel, em Lisboa, em 2012 Fonte: Mario Proença / Bloomberg
O debate sobre a estratégia de desvalorização interna como mecanismo
de aumento da competitividade, o seu impacto nas relações de comércio
internacional, e as possíveis soluções para o reequílibrio sustentável
do défice externo português continua como um dos mais relevantes para o
futuro do País. A sua relevância ultrapassa no entanto a dimensão
nacional. Afinal para muitos economistas a crise da Zona Euro é, antes
de qualquer outra coisa, uma crise de balança de pagamentos. Juntamos
aqui vários contributos interessantes, alguns com perspectivas
alternativas, que podem complementar este debate.
6 lições sobre os desequilíbrios externos na Europa
Sabia que a maior diferença entre os países excedendários e os
deficitários foi o desempenho das importações e não o das exportações?
Esta é uma das conclusões mais surpreendentes de um estudo que a
Comissão Europeia publicou no final do ano passado, e no qual oferece um
análise profunda os desequilíbrios externos na União Europeia com o
enfoque nos países excedentários. Vale muito a pena ler “Current account surpluses in the EU”. Esta semana publicámos no Negócios seis das conclusões que nos pareceram mais interessantes que recuperamos aqui.
Chumbo do Constitucional terá puxado pelo PIB
A economia portuguesa cresceu 1,1% em cadeia no segundo trimestre e superou todas as previsões. Filipe Garcia, da Informação de Mercados Financeiros, diz que são bons resultados mas avisa para impactos negativos dos impactos da austeridade de 2014. Rui Bernardes Serra, do Montepio, identifica cinco factores que terão ajudado a economia a crescer e entre eles está o Chumbo do Tribunal Constitucional.
Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
PSG e EM: Pensões líquidas maiores que salários líquidos?! Sim, (ainda) é verdade
Fonte: Bloomberg
No editorial de ontem do Negócios, sobre o corte das pensões no Estado proposta pelo Governo e aumento da idade de reforma para 66 anos, uma frase causou perplexidade a muitos leitores. A frase é esta:
“Actualmente, um reformado recebe de pensão líquida 110% do último salário líquido, mas em quarenta anos esta percentagem vai descer para 70%. Eis a ‘conspiração grisalha’: a geração futura vai receber menos que e por causa da geração actual.”
Pedro Santos Guerreiro e Elisabete Miranda explicam como (ainda) é possível receber mais como pensionista do que como trabalhador.
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Desemprego surpreende pela positiva e não foi apenas a sazonalidade
A taxa de desemprego baixou para os 16,4% no segundo trimestre,
surpreendendo pela positiva. Paula Carvalho, do BPI, vê “sinais
positivos” e diz que a redução não é explicada apenas pela sazonalidade.
Filipe Garcia, da Informação de Mercados Financeiros também lê nos dados do INE uma “melhoria das condições de base do mercado de trabalho”.
Nota
do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do
Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos
gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP
(Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições
menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios
trabalha e que agora fica também ao seu dispor.