Arquivo mensal: Julho 2012

A desgraça de uns é a sorte de outros

20/07/2012
Colocado por: Manuel Esteves

Já são cinco os países que conseguem que os investidores lhes paguem para… lhes emprestar dinheiro. Isto acontece enquanto – e porque – outros países se vêem obrigados a pagar taxas galopantes. 

Ora bolas!

19/07/2012
Colocado por: Filomena Lanca

 

Ora bolas!
[para destacar ao início] A partir de Julho, que é quando os turistas chegam em força, vendem-se, em média, 4.000 por dia. Em Agosto, o número dispara para as 7.000. Juntando os restantes meses do Verão, são 465.000 bolas por ano, mais coisa menos coisa. O que dará um simpático volume de facturação na ordem dos 550 mil euros.
Há 40 anos um jovem casal de uma aldeia piscatória da costa algarvia, onde ainda mal começavam a chegar os turistas, fundou um pequeno e inovador negócio de bolas de berlim. Com creme e sem creme, que nessa altura a ASAE ainda não palmilhava ainda os areais. O negócio foi crescendo, ao mesmo ritmo a que todos os anos iam chegando os banhistas, e as bolas de berlim, que começaram por povoar o sotavento algarvio, estenderam-se ao barlavento e depois ao resto do país e acabaram por se tornar num símbolo dos verões portugueses.
Quanto ao jovem casal, lá foi fazendo as suas bolas, de Abril a Outubro e, adaptando-se às novas formalidades legais, garantiu a concessão para três extensos areais.
Tiveram dois filhos, um rapaz e uma rapariga, e trataram de lhes ensinar a sua arte. Depois vieram os netos, que apesar de ainda jovens, se juntaram também já ao negócio.
A receita é simples. Ovos, farinha, manteiga, açúcar (muito), óleo para fritar. E todos os dias, a partir das duas da manhã, lá está a família a preparar as bolas que, na manhã seguinte, serão distribuídas pelos turistas. Distribuídas, é como quem diz, que este ano cada uma custa 1,20 euros. 
São mais 20 cêntimos que no ano passado, mas isso não desencoraja os banhistas. As contas são simples e têm muitos dígitos: A partir de Julho, que é quando os turistas chegam em força, vendem-se, em média, 4.000 por dia. Em Agosto, o número dispara para as 7.000. Juntando os restantes meses do Verão, são 465.000 bolas por ano, mais coisa menos coisa. O que dará um simpático volume de facturação na ordem dos 550 mil euros. 
O avô e a avó já não trabalham, mas ainda supervisionam as bolas. Quanto ao resto da família, passa agradáveis e amenos Invernos, que o trabalho de Verão é duro. Duro, mas rentável.

 

Há 40 anos um jovem casal de uma aldeia piscatória da costa algarvia, onde ainda mal começavam a chegar os turistas, fundou um pequeno e inovador negócio de bolas de berlim. Com creme e sem creme, que nessa altura a ASAE ainda não palmilhava ainda os areais. 

Pecados e virtudes da austeridade


Colocado por: Rui Peres Jorge

Daniel Gros faz hoje uma crítica no Vox ao manifesto anti austeridade de Krugman/Layard, recebendo em troca uma resposta ácida de Simon Wren-Lewis. Gros pega no valor dos défices orçamentais e de crescimento do Reino Unido, EUA e Zona Euro e, perante a situação económica semelhante em que se encontram argumenta que a política orçamental não foi muito restritiva (nem muito importante) e não penalizou em exagero o crescimento. Defende ainda que “sem as medidas de consolidação a dívida pública tornar-se-ia insustentável”. Wren-Lewis responde que a lógica de comparação directa entre países feita por Gros é “é o tipo de exemplos que usamos para convencer os nossos alunos de que deveriam tirar uma cadeira de econometria”. Defende que a austeridade é recessiva e contraproducente, e só deveria acontecer quando o crescimento estiver consolidado. E no que diz respeito à sustentabilidade, as taxas de juros pedidas pelos investidores não corroboram a identificação desse risco. Além disto, também estamos a ler:

 

2. Tradable sectors in Eurozone periphery countries did not underperform in the 2000s. Guillaume Gaulier, Daria Taglioni, Vincent Vicard, do Banco Mundial e do Banco de França, defendem no Vox que os problema nos países do Sul não é (nem foi) falta de de competitividade no sector exportador. O problema foram excessos salariais nos não transaccionáveis, os quais ditaram aumentos de importações insustentáveis.

 

3. España podrá recurrir al dinero del rescate para la compra de deuda pública. O El País teve acesso aos memorandos do resgate espanhol. O dinheiro que receberão poderá até ser usado para comprar dívida pública em mercado secundário. Os documentos estão a ser discutidos nos parlamentos alemão, holandês e finladês, mas ão no espanhol, nota o jornal.

 

4. Analysis: Spain's leader could learn some lessons from Portugal. A Reuters diz que Portugal é muito melhor a comunicar com os mercados e a agradar à troika do que Espanha. Isso acontece em parte porque Pedro Passos Coelho “ganhou uma reputação de obdiência rigorosa à políticas lideradas pela Alemanha de duros cortes em gastos sociais”.  

 

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A quarta premissa de Nouriel Roubini

16/07/2012
Colocado por: massamonetaria

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Post de João Maltez

 

 

Cidadela de Alepo, Síria Fonte: Aleppo Chamber of Commerce via Bloomberg

 

O economista Nouriel Roubini – o mesmo que previu a bolha imobiliária nos Estados Unidos, a qual deu origem à actual crise económico-financeira no Ocidente – prognosticou que em 2013 ocorrerá uma “tempestade perfeita” na economia mundial.

Os quatro acontecimentos que teorizou como previsíveis são os seguintes: a desaceleração do crescimento nos Estado Unidos; a intensificação da crise da dívida na Europa; o abrandamento do crescimento nas economias emergentes; e um conflito militar com o Irão (Ler, por exemplo, aqui).

Passos Coelho: “Estão aqui poucos membros do Governo, deviam estar mais”

13/07/2012
Colocado por: Bruno Simões

 

Passos Coelho estaria a fazer os cumprimentos formais aos conselheiros nacionais. Quando chegou à parte em que saudou os “membros do Governo”, fez esta observação: “Estão cá poucos, deviam estar mais, porque é bom ouvir o que os conselheiros têm para dizer. Espero que para a próxima possam estar mais”.