Arquivo mensal: Maio 2012

O pacto de crescimento de Carlos Costa

09/05/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

 

Carlos Costa no Parlamento a 13 de Abril Fonte: Mário Proenca Bloomberg

 

Durão Barroso sintetizou bem a última viragem de ventos na política europeia. Há um “novo consenso” que defende que as políticas de austeridade têm de ser combinadas com crescimento. Dias antes Mario Draghi, Presidente do BCE, havia marcado a agenda, detalhando pormenores da seu “pacto de crescimento”, pedindo uma visão para a Zona Euro daqui a dez anos e, como noticiamos no Negócios, pressionando para que resultados significativos em termos de propostas de política apareçam até ao final deste mês. Os três pilares de crescimento defendidos em Frankfurt são: 1) melhorar e efectivar a “governance” europeia; 2) avançar com reformas estruturais no mercado de trabalho, mas também na concorrência; 3) estimular investimento, sem afectar trajectória de consolidação orçamental. 

 

Neste debate, vale a pena também olhar para o que disse recentemente o Banco de Portugal. Em duas intervenções recentes Carlos Costa, governador, desenhou o seu próprio pacto de crescimento.

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O desemprego e as previsões da polémica


Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Vítor Gaspar em entrevista em Nova Iorque a 19 de Abril Fonte: Scott Eells/Bloomberg

  

Não anda fácil acompanhar as prespectivas macroeconómicas do Governo. Como o Negócios noticiou no final do mês, as previsões da equipa das Finanças inscritas no documento de estratégia orçamental são mais optimistas que as da troika em toda a linha, uma opção que hoje mereceu criticas no Parlamento. Mas, na verdade, hoje ficámos a saber que o optimismo não se verifica em toda a linha. Para o desemprego o Executivo está menos optimista que Comissão Europeia e FMI. Recorde-se que esta variável tinha sido inexplicavelmente excluída deste documento central na gestão financeira do Estado. Acabou por ser apresentada em Bruxelas. É com ansiedade que se aguardam as novas previsões da Comissão Europeia que serão publicadas na sexta-feira. Mas vejamos então as comparações entre Governo e troika para as principais variáveis.

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A mulher mais poderosa de Portugal é angolana


Colocado por: pedrosg

 Fonte: Direitos Reservados

 

 

Na segunda, Isabel dos Santos comprou mais 9,4% do BPI, duplicando a sua participação. Na terça, comprou mais 5% da Zon e passou a ser a maior accionista da empresa. E o editorial de quarta está escrito há dois anos e meio.

 

É somar-lhe mais peso no BPI, Zon e Galp. E dois anos e meio de idade.

BCE, o administrador de analgésicos?

04/05/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Miguel Ordoñez (Banco de Espanha), Mario Draghi e Vítor Constâncio em Barcelona a 03 Maio Fonte: Angel Navarette/Bloomberg

 

 

Retirado do noticiário duas últimas semanas:

 

– Juros da dívida pública em Espanha duplicam no curto prazo e aumentam também no longo prazo

 

– Em Espanha aposta-se que o BCE regressa às compras quando os juros espanhóis atingirem os 6,5% escreve o Expansion. Na Reuters, 75% dos economistas diz que acontecerá nos próximos três meses

 

– A recessão na Grécia será maior que o previsto: a queda poderá chegar aos 5% este ano, escreveu o Les Echos, citando banco central grego.

 

A periferia está a ficar cada vez maior, analisa o Cinco Dias

 

– Os governos têm de agir, a injecção de liquidez do BCE é apenas um analgésico, defendeu presidente do Bundesbank

 

A Europa tem de apostar numa agenda de crescimento e isso é uma tarefa dos Governos afirmou Mario Draghi

 

Pouco mais de um mês depois do último grande empréstimo do BCE à
banca a euforia está a dar lugar à apreensão na Zona Euro. Parece
evidente que (muito) mais terá de acontecer para controlar a crise.  O
BCE está, de facto, como caracterizou Weidmann, a parecer-se cada vez
mais como um administrador de analgésicos: a dor passa, mas o mal fica. O
que fazer?