O mundo mágico da dívida pública de Portugal
Já há Orçamento Rectificativo. Há muita coisa nova (e nem toda fazia parte dos planos, que foram revelados a conta-gotas por Vítor Gaspar), algumas dúvidas, interrogações e muitas curiosidades.
Quanto custou ajudar a banca?
Menos do que se pensava. A OCDE mostra os números, num quadro que replicamos em baixo.
Conselho de Finanças Públicas perdido em combate
Onde é que está o Conselho de Finanças Públicas? Parece que não, mas já lá vai um ano e meio desde que este órgão começou a ser idealizado. Supostamente, já teria até produzido a sua primeira análise há seis meses, quando o Orçamento do Estado para 2012 foi apresentado. Até agora, nada. A história é recheada de demasiadas peripécias para que resistamos a recapitular algumas:
A era da repressão financeira
Inflação, crescimento, austeridade. Há muitas formas típicas de afrouxar a pressão sufocante da dívida pública. E depois há as heterodoxas, como a pressão financeira. Financial repression: then and now, de Carmen Reinhart e Jacob Kirkegaard, explica em que consiste o mecanismo e onde é que ele já está a ser sibilinamente implementado. Além disso, também estamos a ler:
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Década perdida? Nas reformas estruturais não, diz Gaspar e o PS. Mas
Vítor Gaspar a caminho da sua intervenção da semana passada no Peterson Institute for International Economics Fonte: Joshua Roberts/Bloomberg
A apresentação da economia portuguesa que Vítor Gaspar levou consigo para a Europa e os Estados Unidos permitiu, segundo o próprio, descansar os americanos quanto à situação económica europeia. Mas também deixou aliviados os deputados do Partido Socialista. É que, de acordo com João Galamba, a apresentação é elogiosa para com as reformas empreendidas por José Sócrates e, até, António Guterres, e desmistifica a ideia de que os últimos dez anos foram “uma década perdida” em termos de reformas estruturais. Será mesmo assim?