Arquivo mensal: Agosto 2011

A equipa que “se levanta a pensar no programa” custa, para já, 30 mil euros por mês

25/08/2011
Colocado por: Filomena Lanca

Por enquanto são apenas sete – sem contar com o próprio secretário de Estado -, mas podem chegar a 30, segundo a Resolução do Conselho de Ministrospublicada em Diário da República. Já aí se lê que trabalham com isenção de horário de trabalho sem receber mais por isso e Carlos Moedas garantiu esta semana no Parlamento que a sua equipa “levanta-se a pensar no programa” e “está constantemente a acompanhar o que cada ministério está a fazer”, num cenário em que “muitas férias foram adiadas”.

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A hegemonia alemã segundo Carlos Gaspar

18/08/2011
Colocado por: Rui Peres Jorge

Em Outubro de 2010 o casal Merkel-Sarkozy (uma aliança invulgar como bem notou meses depois o NYT) reuniu-se em Deauville para acordar a imposição alemã de envolvimento do sector privado nos resgates europeus. Cerca de um mês depois a Irlanda ficou excluída dos mercados sendo forçada a pedir financiamento externo; e hoje são muitos os que consideram que uma parte importante da fraqueza da Zona Euro – e da força alemã – se deve a essa imposição.

 

Esta semana o casal reuniu-se novamente para determinar, entre outras coisas, que Herman Van Rompuy se deve reunir duas vezes por ano para gerir a Europa económica (imagina-se que depois lhe digam exactamente quando). E talvez mais importante, para, novamente por imposição alemã, apontar para a inscrição na Constituição de cada um dos países do euro limites ao endividamento, uma proposta que os países do Sul aplaudiram – que remédio – mas que não entusiasmou, por exemplo, Finlândia e Áustria.

 

Tenta esta introdução ilustrar o texto que Carlos Gaspar, do IPRI, escreve hoje no Público, e que vale a pena ler (não encontro em versão online, e  transcrevo aqui apenas o mínimo). Escreve Gaspar que a imposição de limites constitucionais à dívida pública é “um passo decisivo para a consolidação da preeminência alemã na UE” e que o apoio francês a Merkel abre a porta uma “ordem hegemónica liberal” germânica, defendendo que “tudo indica que a estratégia alemã se vai pautar pelas mesmas regras que os Estados Unidos seguiram na construção da comunidade transatlântica no princípio da Guerra Fria”.

 

Carlos Gaspar apresenta depois as três regras de ouro de uma estratégia hegemónica:

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Exportações e consumo público adiam o pior

16/08/2011
Colocado por: massamonetaria

A economia portuguesa estagnou no segundo trimestre face ao primeiro, um resultado que surpreendeu pela positiva. Rui Serra e João Fernandes, do Montepio, explicam o que evitou o pior para a economia portuguesa. A segunda metade do ano, avisam, será penalizada por desempenhos negativos do consumo público e das exportações. Para o segundo semestre, Gonçalo Pascoal, do Millennium BCP, destaca os esperados efeitos negativos do abrandamento do comércio internacional, mantendo a sua previsão de recessão entre 1,7% e 2% para este ano. Rui Constantino, do Santander, e Lara Wemans, do BPI, também mantém as previsões de recessão para este ano em torno dos 2%.    

 

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium BCP, BPI e NECEP (Universidade Católica), isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.

As empresas públicas no acordo com a troika


Colocado por: Rui Peres Jorge

O Negócios avança na edição de hoje que a reforma do Sector Empresarial do Estado ganhou estatuto de reforma prioritária para a troika nos próximos três meses, em parte pelo papel central que desempenha em todo o processo de ajustamento, mas em parte também porque foi uma das áreas em que o Governo não entregou o que estava definido no memorando de entendimento.

 

Recuperamos aqui as medidas e datas centrais acordadas com a troika no memorando de entendimento: muitas das medidas planeadas para final de Julho estão por cumprir (a azul escuro). A troika pretende ver um esboço da reforma do SEE já no final de Agosto, início de Setembro.

Troika pouco entusiasmada com Portugal?


Colocado por: Rui Peres Jorge

O Negócios avança na edição de hoje que a reforma do Sector Empresarial do Estado ganhou estatuto de reforma prioritária para a troika nos próximos três meses, em parte pelo papel central que desempenha em todo o processo de ajustamento, mas em parte também porque foi uma das áreas em que o Governo não entregou o que estava definido no memorando de entendimento.

 

Este é um dos exemplos em que a primeira avaliação da troika não foi a desejada. Outros foram o desvio no défice deste ano e a necessidade de utilizar receitas extraordinárias para o fechar. Ainda assim, a avaliação global foi positiva. Mas quão positiva ou entusiasta? Uma comparação com os comunicados das primeiras avaliações aos programas grego e irlandês ajudam à reflexão. Não fossem os sinais de empenho do novo executivo, e teme-se que as palavras da troika seriam bem mais duras.

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