A democracia aflita… e logo na Grécia
Nasceu na Grécia, espalhou-se pelo mundo que consideramos desenvolvido, mas está agora em apuros. E logo na terra-mãe. Jean Quatremer, no seu blogue Coulisses de Bruxelles, faz um retrato desolador da avaliação dos gregos sobre a política interna. Por exemplo: quase um quarto deseja um líder forte e entende que o Parlamento não pode ser um obstáculo para reformar o país.
Acordo com a troika: reinventar a roda
1. O acordo da troika procura reinventar a roda e destrói o que funciona entretanto (The Portuguese Economy)
2. A Grécia pode entregar recolha de impostos e plano de privatizações à troika (Kathimerini)
3. Vários leilões de obrigações testam contágio na Europa (WSJ)
4. Código de ética do FMI não é assim tão rigoroso para os cargos de topo (NY Times)
5. Privatizar é a solução para a Grécia? Nem por isso (VOX)
6. As ajudas aos bancos como formas de proteccionismo (VOX)
Quem perde com a reestruturação grega?
O cenário de algum tipo de reestruturação da dívida pública grega parece já quase certo. Para efectivamente aliviar o país, o “haircut” a aplicar teria de ser significativo. Admitamos que é de 40% a 50%. Quem perde quanto?
Fonte: Jock Fistick/Bloomberg (José Manuel Barroso; Angela Merkel; George Papandreou; Nicolas Sarkozy; Herman Van Rompuy; Jean-Claude Trichet)
O Negócios de hoje tem algumas das respostas que vamos aqui sintetizar, acrescentando mais alguma informação.
Sinais de mais um trimeste em queda, com esperança no sector externo
Os indicadores de confiança do INE e da Comissão Europeia diferem na avaliação que fazem da confiança dos consumidores (INE diz que caiu em Maio, Comissão diz que aumentou). Ambas as instituições apontam, sem surpresa, para uma degradação da situação económica no País. Miguel Moreira do Montepio analisa em detalhe os dados da Comissão Europeia e conclui que apontam para uma contracção do PIB de 0,4%. O NECEP, que também analisou os dados da Comissão, também faz uma análise negativa, mas evidencia que “os indicadores relacionados com a actividade externa continuam a apresentar uma evolução razoável, o que representa um factor esperança num quadro em que a procura interna enfrenta uma forte correcção em baixa”.
Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium BCP, BPI e NECEP (Universidade Católica), isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
Onde investia Kadafi? Em muito lado, e em obrigações do BES e do BCP também
1. Um dólar forte nem sempre é bom, diz Christina Romer (NY Times)
2. Grécia deveria sair temporariamente do euro, volta a defender Feldstein (Project Sindicate)
3. Interesse chinês por terras de cultivo causam desconforto no Brasil (NY Times)
4. As prioridades do FMI segundo Lagarde (Bloomberg)
5. E ao fim de 25 meses, um pouco de inflação no Japão (Bloomberg)
6. Onde investia Kadafi? Em muito lado, e em obrigações do BES e do BCP também (Global Witness)
7. Maus resultados económicos nos EUA alarmam Krugman (Conscience of a Liberal)