Nós até pagamos, mas finja que não deu por ela
O artigo seguinte consta do Decreto-lei de Execução Orçamental, publicado ontem em Diário da República, e diz respeito ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Mervyn King: “Surpreende-me que o grau de descontentamento social não tenha sido maior do que foi até agora”
Mervyn King: “O preço desta crise financeira está a ser suportado por pessoas que nada tiveram a ver com ela […]. Agora, é a altura de a pagar e surpreende-me que o grau de descontentamento social não tenha sido maior do que foi até agora”.
Ranking de 2010 de publicações e economistas portugueses: o ano não foi bom
1. Mais investir nos pais ou nos professores? O maior exercício de economia experimental de sempre (Bloomberg)
2. Uma dura fotografia ao mercado de dívida português (Alphaville)
3. Ranking de 2010 de publicações e economistas portugueses (The Portuguese Economy)
4. As consequências económicas do dinheiro (Sciencemag, via Baseline Scenario)
5. Bangladesh despede Muhammad Yunus do seu próprio banco (El País)
Quem tem medo deste pequeno porquinho?
Há umas semanas a “The Economist” titulava uma história sobre os juros de colocação de dívida pública portuguesa com um “Este pequeno porquinho foi ao mercado”. A conceituada revista levava mais além o já conhecido acrónimo para os países do Sul da Europa com dificuldades financeiras (PIIGS), e reduziu Portugal à sua dimensão relativa. Mas, mesmo sendo pequeno, Portugal pode meter medo.
Crédito: Bloomberg / Steve Pope; Corrida de porcos na Exposição Mundial de Porcos em Iowa, nos EUA
A austeridade é necessária para Portugal sair da crise?
O Negócios lançou o debate a partir das posições contrárias de João Rodrigues e Álvaro Santos Pereira que apresentaram na sexta-feira passada os seus argumentos iniciais a favor e contra uma política de austeridade. Desde então, e até terça-feira à noite, quase 1.500 pessoas consultaram as posições dos economistas, perto de mil leitores votaram no barómetro e uma dezena comentou. Até agora, à pergunta lançada, 74% dos votantes responderam “Sim”.
Hoje é dia de contraargumentos: João Rodrigues lamenta que esteja “aberta a torneira da austeridade” ditada por “capitalistmo cada vez mais medíocre”. Álvaro Santos Pereira diz que “fomos nós que lançámos o papão da austeridade sobre nós e não os mercados”, argumenta contra “a fábula do investimento público” e defende que “o ajustamento tem de ser feito à custo do emagrecimento do Estado”.
A votação e os comentários estão abertos até quinta-feira às 17 horas. Sexta-feira faremos o balanço deste Frente-a-Frente. Bem vindo.