Como Portugal poupará 500 milhões com FMI… até 2024

02/03/2015
Colocado por: Rui Peres Jorge

O Governo anunciou há uns meses que pretende fazer o pagamento antecipado de parte do empréstimo do FMI, desembolsando até meados de 2017 cerca de 14 mil milhões de euros. Na sexta-feira, a ministra das Finanças avançou que até final de Março serão pagos seis mil milhões de euros, garantindo uma poupança significativa com juros que não tem quantificado.

 

Questionado, o ministério das Finanças respondeu ao Negócios que as contas não são imediatas:

 

A poupança efectiva de juros dependerá do ritmo dos reembolsos e da taxa de juro do financiamento de substituição, o que por sua vez depende da maturidade da dívida emitida. A maturidade da nova dívida emitida, será aquela que resultar do plano de financiamento do Tesouro. É importante salientar que o reembolso antecipado ao FMI permitirá acelerar os reembolsos previstos para os próximos anos e, nesse sentido, vai melhorar o perfil da dívida pública portuguesa, na medida em que reduz as necessidades de fundos para 2016 e 2017.

 

A Comissão Europeia foi mais ousada e chegou-se à frente com um número redondo: Portugal poupará pelo menos 500 milhões de euros. Faltou na altura explicar exactamente a que diz respeito a estimativa. Trata-se da soma das poupanças até 2024, apurou o Negócios. Ora, mas então, como poupa Portugal esse dinheiro?

 

Para responder, ajuda ter presente o perfil de pagamentos ao FMI (antes do pagamento antecipado) e exactamente que pagamento se está a antecipar.

 

Perfil de amortizações ao FMI (antes da antecipação)

Valores em milhares de milhões de euros. Fonte: FMI e Negócios

Valores em milhares de milhões de euros, assumindo uma taxa de câmbio de 0,8 euros por 1 SDR. Fonte: FMI e Negócios

 

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Economia regressa ao crescimento por via do consumo

27/02/2015
Colocado por: Nuno Aguiar

O produto interno bruto (PIB) português cresceu 0,9% em 2014. Embora muito se fale do papel das exportações, a procura externa líquida deu um contributo negativo para esse resultado. Por outro lado, a procura interna – principalmente por via do consumo privado – deu uma ajuda ao crescimento do PIB. A primeira vez que isso acontece desde 2010.

 

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.

 

Paula Carvalho – economista-chefe do BPI

 

  1. A economia portuguesa voltou a crescer, em termos médios anuais, em 2014, registando uma evolução em termos agregados em linha com o esperado pelo BPI, +0.9%. Todavia, há que destacar alguns factores. Por um lado,o abrandamento da Formação bruta de capital fixo no 4º trimestre. Esta tendência, conjugada com o significativo contributo da formação de stocks para o crescimento anual em 2014, poderá justificar uma evolução menos positiva da rúbrica de Investimento como um todo em 2015, o que será possivelmente notório já nos primeiros três meses do ano.

 

  1. Neste contexto, será importante confirmar odesagravamento do Investimento em construção (cujo ritmo de queda tem vindo sucessivamente a abrandar) e o reforço do investimento em maquinaria e equipamento. Pela positiva destacaria o comportamento das exportações, que aumentaram 5.1% em termos homólogos no 4º trimestre, mais um sinal do bom comportamento do sector transaccionável. O aumento das importações surpreende também em alta, reflectindo sobretudo a normalização da procura interna. Antecipamos que esta tendência se esbata em 2015.

 

  1. Em resumo,as perspectivas para 2015 são favoráveis, dado que a economia evoluirá suportada pela envolvente financeira favorável (taxas de juro muito baixas), desvalorização do câmbio bem como impulsionada pela queda dos preços do petróleo. Apenas alguns factores de incerteza – relacionados com a situação na Ucrânia e as questões que envolvem a Grécia – impedem uma revisão em alta do nosso cenário, que se mantém em +1.5%.

 

 

Núcleo de Estudos de Conjuntura sobre a Economia Portuguesa (NECEP) da Universidade Católica

 

  1. No 4º trimestre de 2014, a economia portuguesa cresceu 0.5% face ao trimestre anterior, evoluindo bastante acima da sua dinâmica recente com uma aceleração de 0.2 pontos percentuais face ao trimestre anterior. Em termos anualizados o crescimento trimestral foi de 2.1%, o que é compatível com as perspectivas do NECEP para a evolução da economia portuguesa em 2015 (previsão de crescimento com um ponto central de 1.9%). O crescimento homólogo no 4º trimestre foi de 0.7% embora inferior ao registo do terceiro trimestre (1.1%) devido a um 4º trimestre de 2013 anormalmente bom. A economia portuguesa recuperou 2.2% face ao mínimo observado no 4º trimestre de 2012. Recorde-se que a perda de produção entre meados de 2010 e o final de 2012 foi de 7.3%, o que ilustraa lentidão a que está a ocorrer a recuperação da economia.

 

  1. O resultado mais promissor está associado às exportaçõesque cresceram 3.3% em cadeia (5.1% em termos homólogos) e evoluíram bastante acima da sua dinâmica, com assinaláveis acelerações de 2.6 e 2.1 pontos percentuais em cadeia e em termos homólogos, respectivamente.

 

  1. O consumo privado também não parece ter-se ressentido da reposição parcial de cortes nos vencimentos dos funcionários públicos ocorrida no último trimestre, com uma evolução acima da sua dinâmica e com crescimento em cadeia positivo, especialmente na componente de bens duradouros (+0.7%). A ligeira quebra do investimento (FBCF) não se afigura comprometedora, relembrando que este agregado tinha crescido 2.5% em cadeia no 3º trimestre (e 2.0% no segundo). A leitura da conjuntura continua a ser dificultada por efeitos de deflatores que permanecem negativos na maioria das componentes da despesa.

 

  1. O crescimento do PIB em 2014 foi de 0.9%, interrompendo uma série de três anos com variações negativas do produto. O crescimento da Formação Bruta de Capital (FCB) de 5.2% interrompe, também, uma séria de três anos com variações negativas, embora o investimento (FBCF) tenha crescido bem menos (2.3%) por via deum forte contributo da variação de existências. As exportações cresceram também a um bom ritmo, de 3.4%, e a balança de bens e serviços manteve-se positiva pelo segundo ano consecutivo, fixando-se em 0.7% do PIB em termos nominais.

 

Filipe Garcia – IMF

 

  1. Trata-se da confirmação dos dados já divulgados no dia 13 deste mês. Portugal fecha 2014 a crescer 0.9%, tendo sido um ano em que as taxas de crescimento homólogas trimestrais foram sempre muito próximas. Isso significa que a economia portuguesa, apesar de estar a crescer “pouco”, está aevoluir de forma consistente e dentro do padrão que se regista no resto daUE.

 

  1. O crescimento em cadeia saiu um pouco acima do esperado, com adesaceleração do consumo privado. Já esperávamos que, após uma normalização, o consumo privado tivesse dificuldades em acelerar dada a estabilização do rendimento disponível. Essa poderá ser uma das surpresas positivas em 2015. Deve notar-se que, desde o início de 2013, apenas se registou um trimestre em que o crescimento em cadeia foi negativo (1ºT 2014), o que é um sinal positivo.

 

  1. Para 2015 as perspectivas são positivas, sempre dependendo do contexto externo. O consumo privado poderá surpreender em alta, respondendo ao aumento do rendimento disponível que a queda dos preços dos combustíveis proporciona.Se as medidas do BCE resultarem num aumento de crédito concedido por parte dos bancos – e há alguns sinais nesse sentido – a procura interna poderá responder de forma positiva e ainda há que ter em conta a possibilidade de medidas expansionistas em ano eleitoral. O risco está nas exportações – Portugal está sempre muito dependente da dinâmica económica dos seus clientes.

 

José Miguel Moreira – Departamento de Estudos do Montepio

 

  1. A estimativa final do INE para o PIB no 4ºT2014 apontou para uma subida de 0.5% (+0.3% no 3ºT2014), confirmando o valor avançado na estimativa inicial, o qual, recorde-se, tinha ficado acima das nossas perspectivas (Montepio: +0.4%) e sobretudo da mediana das projecções das instituições contactadas pela Bloomberg (+0.3%), uma diferença que, como então tínhamos referido, ficou a dever-se sobretudo aocomportamento das exportações líquidas, que tiveram um contributo ligeiramente mais positivo do que o por nós estimadoantes de ser conhecida a 1ª estimativa do PIB. Na óptica da procura, confirmaram-se, no essencial, as indicações que tínhamos avançado aquando da estimativa inicial, com a economia a ser impulsionada pelas exportações líquidas, que apresentou um contributo positivo de 0.9 p.p., sensivelmente revertendo o contributo negativo do trimestre anterior (-1.0 p.p. no 3ºT2014), com este resultado a reflectir um acréscimo das exportações bastante superior ao das importações (+3.3% vs +1.0%, respectivamente). Já a procura interna teve um contributo negativo para o crescimento em cadeia do PIB (-0.4 p.p. vs +1.2 p.p. no 3ºT2014), com este resultado a ficar a dever-se ao investimento, que caiu mais intensamente, reflectindo essencialmente o forte contributo negativo da variação de existências (-0.5 p.p. vs +0.1 p.p. no trimestres anterior), já que o investimento em capital fixo (FBCF) também caiu, mas apenas marginalmente, acabando por revelar um contributo nulo (com uma casa decimal) para o crescimento do PIB. O consumo público apresentou igualmente um contributo nulo, ao passo que o consumo privado teve um contributo ligeiramente positivo (+0.1 p.p.).

 

  1. Na óptica da procura, confirmaram-se, no essencial, as indicações que tínhamos avançado aquando da estimativa inicial, com a economia a ser impulsionada pelas exportações líquidas, que apresentou um contributo positivo de 0.9 p.p., sensivelmente revertendo o contributo negativo do trimestre anterior (-1.0 p.p. no 3ºT2014), com este resultado a reflectir um acréscimo das exportações bastante superior ao das importações (+3.3% vs +1.0%, respectivamente). Já a procura interna teve um contributo negativo para o crescimento em cadeia do PIB (-0.4 p.p. vs +1.2 p.p. no 3ºT2014), contrariando as nossas expectativas iniciais de um marginal contributo positivo, com este resultado a ficar a dever-se ao investimento, que caiu mais intensamente, reflectindo essencialmente o forte contributo negativo da variação de existências (-0.5 p.p. vs +0.1 p.p. no trimestres anterior), já queo investimento em capital fixo (FBCF) também caiu, mas apenas marginalmente, acabando por revelar um contributo nulo (com uma casa decimal) para o crescimento do PIB. O consumo público apresentou igualmente um contributo nulo, ao passo que o consumo privado teve um contributo ligeiramente positivo (+0.1 p.p.).

 

  1. Em 2014,a economia registou um crescimento anual de 0.9%, após 3 anos em contracção: -1.8% em 2011, -3.3% em 2012 e -1.4% em 2013, tendo agora a economia recuperado do nível mais baixo desde o ano 2000, sendo que entre o máximo histórico de 2008 e 2013 a economia caiu um total acumulado de 7.4%, encontrando-se em 2014 ainda 6.6% abaixo dos níveis de 2008. Em 2010 a economia tinha crescido 1.9%, não recuperando então da queda de 3.0% registada em 2009 em plena Grande Recessão internacional. O crescimento de 2014 resultou da recuperação da procura interna, tendo as exportações líquidas apresentado um contributo negativo, devido a um crescimento das exportações inferior ao das importações. Durante a crise em Portugal os empresários foram forçados a encontrar novos mercados para colocar os produtos, o que permitiu ganhos de quota de mercado no comércio internacional. As exportações de bens e serviços em termos reais abrandaram em 2014, podendo não ter superado o crescimento mundial das exportações, mas as exportações portuguesas foram sendo prejudicadas por diversos factores temporários já referidos anteriormente:i) encerramento da refinaria de Sines da Galp durante grande parte do 1ºT2014; ii) paragens na Auto-Europa devido à fraca procura no mercado automóvel europeu. Já as importações, para além de terem acompanhado o crescimento das exportações e o regresso ao crescimento do consumo privado e da formação bruta de capital fixo, terão sido empoladas por uma anormal acumulação de stocks no início de 2014 (com efeitos positivos para 2015, ou seja, uma menor necessidade de importações).

 

  1. Aquando da divulgação da estimativa inicial do PIB para o 4ºT2014, revimos em alta a nossa previsão para o crescimento anual em 2015, de 1.5% para 1.6%. Veja-se que o facto de actividade registar no 4ºT2014 um nível acima da média de 2014 irá induzir desde logo um crescimento em 2015 de 0.6% (carry-over). Os restantes 1.0 p.p. serão provenientes dos crescimentos ao longo de 2015. Refira-se que para o 1ºT2015 apontamos para um crescimento entre 0.3% e 0.5%, ou seja, em linha com a média do 2º semestre de 2014, esperando-se que, no resto do ano, a economia registe crescimentos em cadeia, em média, também na ordem dos 0.4%. O impacto da descida do petróleo e das novas medidas do BCE colocam riscos ascendentes à previsão. Acresce a possibilidade de a economia espanhola poder continuar a crescer acima do estimado, algo relevante atendendo ao elevado peso que ainda tem nas trocas comerciais com o nosso país(não obstante o esforço de diversificação, as exportações ainda estão muito direccionadas para os nossos parceiros europeus, nomeadamente para Espanha – representam actualmente ainda cerca de 24% do total das exportações de bens portuguesas). Os riscos descendentes têm uma origem, quer externa – relacionados com a incerteza geopolítica no Médio Oriente e no Leste da Europa –, quer interna – devido aos efeitos da crise do Grupo Espírito Santo (GES) sobre as decisões dos agentes. Em todo o caso, admite-se que a actividade na Zona Euro possa continuar a acelerar (suportando as exportações) e que os efeitos mais intensos sobre a confiança e as decisões dos agentes económicos da instabilidade no GES já se possam ter sentido.

Riscos e lucros do BCE com compra de dívida vão afinal ter tratamento igual

18/02/2015
Colocado por: Rui Peres Jorge

praet

 

BCE corrige: Ao contrário do inicialmente comunicado pelos serviços do banco central, a maior parte dos lucros com as compras de dívida pública ao abrigo do programa de Expansão Quantitativa vão, afinal, ser nacionalizados, alinhando-os com o tratamento dado aos riscos que também ficarão na sua maior parte com os bancos centrais nacionais. As consequências são positivas para as contas públicas nacionais, como mostramos neste post.

 

O Negócios foi um dos jornais na Europa que, com base em informação prestada pelo BCE, escreveu que o BCE nacionalizaria os riscos das compras feitas ao abrigo do novo programa de alívio quantitativo, mas partilharia os lucros. Em entrevista ao Negócios Peter Praet, um dos membros do Conselho Executivo do BCE diz que, afinal, já não vai ser assim:

Decidiram que cerca de 90% do risco das obrigações adquiridas será nacional, e que 10% ficará no Eurosistema. No entanto, os lucros deverão ser partilhados …

Considerando todas as compras adicionais, obrigações de dívida soberana e de instituições europeias, cerca de 20% do risco será partilhado e 80% será suportado pelo Banco Central Nacional. Os documentos legais ainda não foram publicados. Várias opções foram consideradas, mas para a parte do portfólio que não é partilhada, a intenção do Conselho é ter essencialmente a mesma abordagem para lucros e prejuízos.

O melhor talvez seja esperar por todas as decisões em Frankfurt até o programa chegar ao terreno, mas é já certo que esta opção favorece os cofres nacionais. Vejamos.

 

Vamos assumir que o Eurosistema compra 11,1 mil milhões de euros de dívida pública e que 90% dos lucros (e dos riscos) ficam com o banco central nacional, que os passa ao Governo em forma de dividendos. Isto significa que:

– O Estado paga ao Eurosistema, por ano, cerca de 388,5 milhões de euros em juros (assumindo uma taxa de juro de 3,5% aplicada sobre os 11,1 mil milhões de euros).

– Mas recebe de volta cerca de 350 milhões de euros (3,5% aplicados a 90% dos 11,1 mil milhões de euros).

Esta situação é positiva para Portugal face à solução inicial em que os lucros são mutualizados, essencialmente porque a taxa de juro nacional é superior à média da Zona Euro – Como mostrámos antes, caso os lucros fossem mutualizados, o BCE juntaria os lucros conseguidos com todas as compras de obrigações na Zona euro que depois devolveria com base na chave de capital. Tal o que implicaria uma remuneração à taxa de juro média, que vamos admitir é metade da nacional. Ou seja, nesse cenário Portugal pagaria na mesma os cerca de 388,5 milhões de euros ao BCE, mas receberia de volta apenas 175 milhões de euros (1,75% aplicados a 90% dos 11,1 mil milhões de euros).

 

 

 

BCE AFINAL NÃO nacionaliza risco, mas mutualiza lucros: custos e porquês.

29/01/2015
Colocado por: Rui Peres Jorge

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(Post alterado no título (com o” AFINAL NÃO”) e com parágrafo inicial que dá conta de uma alteração na informação prestada ao Negócios e inclui uma ligação para o post onde explicamos as consequências. O resto do post mantém-se igual)

 

Uma confusão no BCE: ao contrário do inicialmente comunicado pelos serviços do banco central, os lucros do QE vão, afinal, ser nacionalizados, alinhando-os com o tratamento dado aos riscos. As consequências são positivas para as contas públicas nacionais. Apresentamos as consequências aqui.

 

O programa de alívio quantitativo (QE, Quantitative Easing) anunciado a semana passada pelo BCE está a dar que falar. Um dos temas mais debatidos em Portugal é o das implicações orçamentais da compra de dívida pública pelo banco central, visto que pode poupar  milhões de euros aos cofres públicos.

 

Há ainda muita incerteza sobre o tema – na verdade o BCE deu ainda poucos pormenores técnicos, mas há já uma característica do programa que merece nota, por ser surpreendente e por afectar de forma relevante quaisquer cálculos, e que o Negócios avançou na segunda-feira: o programa do BCE nacionaliza 91% do risco da compra de dívida, mas mutualizará os lucros obtidos pelos vários Estados-membros (de acordo com a respectiva participação na chave de capital) os lucros da operação. Igualmente relevante é a uma limitação aos montantes que o BCE pode comprar em Portugal. Vejamos os detalhes e o porquê… e prepare-se para uma possível desilusão quanto às poupanças orçamentais da bazuca de Mario Draghi (no foto).

 

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Alesina contra-ataca: o regresso do arquitecto da austeridade

20/01/2015
Colocado por: Nuno Aguiar

Alberto Alesina passou os últimos dois anos a ouvir críticas dos seus detractores. O responsável pela criação do conceito de austeridade expansionista – que defende que é possível fazer consolidação orçamental sem recessão – viu a Europa mergulhar numa depressão económica. Com o pé no acelerador da austeridade, os europeus sentiram na pele os custos sociais de uma crise misturada com cortes na despesa e aumentos de impostos. A realidade parecia estar a desmentir as teses de Alesina, mas o italiano não desistiu delas.

 

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