A Economist reuniu em imagens nove gráficos que sintetizam o turbilhão de 2011. A economia domina: dívida pública, taxas de juro, taxas de câmbio e financiamento do BCE. Os números do ano, que falam por si, arriscam-se também a ser os mesmos números que vão marcar a próxima década. Vale a pena ver tudo em Charting the Year. Além disto, também estamos a ler:
2. America's Financial Leviathan, por Bradford DeLong. Quanto pesa o sector financeiro no PIB americano? E será que este peso se justifica? De Long argumenta aqui que o real valor criado pela banca e os seguros é substancialmente inferior àquilo que aparece nas estatísticas oficiais (no Project Syndicate).
3. Latin's America Monetary Policy Test, por Andrés Velasco. O antigo ministro das Finanças chileno defende neste texto que os bancos centrais estão finalmente a pregar aquilo que sempre praticaram. Ou seja, assumem agora frontalmente que a política “um objectivo [inflação], um instrumento [taxa directora]” tem de ser substituído por um leque mais abrangente de metas – estabilidade financeira, taxa de câmbio, etc (no Project Syndicate).
4. Europe's market led integration, por Joschka Fischer. Os mercados como redentores? Esta é a pergunta do antigo ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, que identifica a queda de Berlusconi e o caminho da União Europeia para uma união política mais forte como subprodutos positivos da pressão exercida pelos mercados (no Project Syndicate).
5. Nobody understands debt, por Paul Krugman. A dívida pública é problemática? Sim, argumenta o académico de Princeton. Mas a natureza dos problemas é muito diferente da que é tradicionalmente identificada no discurso público (no New York Times).
6. Is debt a burden on future generations?, por Noah Smith. Outro académico que põe em causa a ideia de que a dívida é um fardo sobre as próximas gerações. Tudo depende, argumenta Noah, do tipo de despesa que a dívida financia. Se estamos a falar de investimento, que representa consumo futuro, então a transferência de rendimentos não é dos mais novos para os mais velhos, mas o oposto (no Noah Opinion).
7. 6 economists, 6 ways to fight the crisis. O NY Times pediu a opinião a seis reputados economistas acerca da melhor forma de combater a crise, que ameaça prolongar-se durante muitos anos. Greg Mankiw, Robert Frank, Christina Romer, Tyler Cowen, Robert Schiller e Richard Thaler responderam ao desafio (no New York Times).
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