A emigração está na ordem do dia. Seja de trabalhadores, como foi recentemente sugerido pelo primeiro-ministro, Passos Coelho, seja de capitais (veja-se o caso da família Soares dos Santos). Mas a escolha de um novo local para assentar arraiais é importante e exige ponderação.
Felizmente, a OCDE veio agora facilitar o tarefa a quem está a pensar mudar de país. O Better Life Initiative, que já foi antes referido neste blogue, surge na sequência de uma série de iniciativas que tentam tomar o pulso ao verdadeiro desenvolvimento de um país através de indicadores mais abrangentes do que o PIB per capita. O programa é construído sobre uma base de dados robusta com dados para várias variáveis, cabendo ao utilizador atribuir a cada item – segurança, saúde, tempo de trabalho, salário, etc. – uma importância relativa.
O sistema é simples. O Better Life Index parte das preferências do utilizador e devolve uma escala de países que melhor se adequam às prioridades de cada um. Numa sondagem informal feita no Negócios, os nórdicos, Canadá e Austrália ainda estiveram perto de atingir o primeiro lugar, mas a elevada importância relativa que alguns jornalistas atribuíram às questões salariais teve um impacto decisivo no resultado final. O vil metal acabou por ditar a “vitória” do Luxemburgo.
Em baixo, o resultado do autor deste post. Portugal aparece assinalado a vermelho.
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