O “milagre” laboral alemão

02/11/2011
Colocado por: Pedro Romano

A Alemanha, que durante as últimas duas décadas não se salientou propriamente por baixas taxas de desemprego, parece estar a passar “entre os pingos da chuva” durante a crise, diminuindo o desemprego de forma assinalável. Michael Burda e Jennifer Hunt explicam, research fellows do CEPR, defendem que o “milagre” alemão não tem que ver com as muito elogiadas práticas laborais, nomeadamente nos acordos de redução de horários de trabalho, mas sim com um evento “não repetível”: falta de confiança no período anterior à crise, que tolheu as contratações. Ou seja, o “bom momento” actual resulta apenas de o anterior momento ter sido pior do que seria de esperar. Should we believe the german labour market miracle (no Vox.eu). Além disto, também estamos a ler:

 

2. Ainda no capítulo religioso, o próprio BCE fez a pergunta: Does religion affect politics and economy? Os autores do estudo concluem que era Weber, e não Marx, que estava certo quando identificou uma “ética do trabalho protestante”. Um dos estudos menos ortodoxos feitos em Frankfurt (no Departamento de Estudos Económicos do BCE).

 

3. Graduates vs. Oligarchs, por Paul Krugman. Números impressionantes acerca da distribuição de rendimento nos EUA (e da forma como esta divisão evoluiu nas últimas décadas). Um exemplo: não são os primeiros 1% que estão a ter a melhor “performance”, mas sim os primeiros 0,1% (no The Conscience of a Liberal).

 

4. The G20 and the 99%, por Jeffey Sachs. Um dos maiores teóricos da economia do desenvolvimento defende que a taxa Tobin, sobre transacções financeiras, seja finalmente aplicada. Um pedido endereçado ao G20, que amanhã reúne em Cannes (no Huffington Post).

 

5. Criminals like us. E se não houver verdadeiras diferenças entre criminosos e não criminosos? Chris Dillow analisa um “paper” publicado recentemente e discute a “hipótese Becker”: a oportunidade faz o ladrão (no Stumbling and Mubling).

 

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