56 penosos dias separam Miguel Ordonez do fim do seu mandato. Isto se os conseguir aguentar, escreveu o El País numa peça que já tem uns dias, mas que descreve bem como o governador do banco central do país vizinho caiu em desgraça. Os problemas no Bankia foram a gota de água num mandato que fica marcado pela incapacidade de reforma do sistema financeiro do País. O destino (e a política) é especialmente traiçoeiro para Ordonez que, no início da crise, até recebia elogios pela reforma regulatória encetada anos antes. É também um aviso para os seus colegas da banca central. Se as coisas correrem mal, os políticos não vão desculpar, vão aproveitar. Além disso, estamos também a ler:
2. Raghuram Rajan defende que os argumentos pelos estímulos ao crescimento tem muitas falhas (Greg Mankiw)
3. Os gregos são racionais? Bini Smaghi disse que sim. O'Rourke e Krugman acham que não é bem assim (Conscience of a Liberal)
4. Mohamed El-Erian aponta o dedo aos culpados da crise na Grécia: governos gregos, Europa, FMI e investidores (Project Syndicate)
5. A morte do “Inflation Targeting”, segundo Jeffrey Frankel (Project Syndicate)
6. Lições de economia política dos EUA para a Europa, segundo Acemoglu e Robinson (Why Nations Fail)
7. Buffet investe em jornais e não é por sentimentalismo (Businessweek)
8. Simon Johnson analisa a investação no caso da JP Morgan (Economix)
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