Arquivo da categoria: Pontos críticos

Análises diárias aos temas que marcam a actualidade

Restauração: muitas queixas para poucas obrigações

16/10/2011
Colocado por: Elisabete Miranda

O sector da restauração tem sido um dos mais activos na contestação ao aumento do IVA que provavelmente se avizinha, tendo conseguido arrematar para o seu lado pesos-pesados da opinião pública como Marcelo Rebelo de Sousa. Contudo, a julgar pelos números, a amplitude do protesto é inversamente proporcional às obrigações tributárias que, no seu conjunto, cumprem. Senão vejamos.

 

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Para que serve o documento de estratégia orçamental?

14/10/2011
Colocado por: Rui Peres Jorge

As medidas de contenção de despesa e os seus efeitos quantitativos serão conhecidos ao longo do tempo, ao longo do processo, sendo que uma ideia clara de conjunto será conhecida com o documento de estratégia orçamental

 

Vítor Gaspar, 4 de Agosto 

 

No final de Agosto, o ministério das Finanças publicou um documento central na estratégia orçamental do Governo, a que chamou documento de estratégia orçamental (DEO), o qual beneficiou dos conselhos e da aprovação da troika. Aí o Governo estabeleceu o rumo da política orçamental nos próximos anos. Uma das partes mais relevantes, pela proximidade temporal, foi a descrição da natureza da derrapagem orçamental este ano, assim como as medidas (extraordinárias) que seriam tomadas para a compensar, e as medidas (de natureza estrutural) que seriam adoptadas em 2012. 

Default dos PIIGS cada vez mais próximo

11/10/2011
Colocado por: Pedro Romano

O “default” da Grécia, Irlanda, Portugal, Itália e Espanha está cada vez mais próximo. Graças à Reuters, agora está à distância de um clique. Basta consultar uma nova aplicação e pôr os investidores (e a banca…) a sofrer.

 

O programa fornece dados relativos aos cinco países mais “stressados” da Zona Euro. A ideia é seleccionar a percentagem da dívida a que quer aplicar o “haircut” e escolher o rácio de capital desejado (Core Tier One). O programa diz-lhe automaticamente quantos bancos precisam de se recapitalizar e o montante global em falta.

 

 

Um subprime público e a inviabilidade da Madeira

10/10/2011
Colocado por: Rui Peres Jorge

A Madeira enfrentará em breve um duro programa de ajustamento económico, como lembra Pedro Passos Coelho. Mas, mais preocupante para os madeirenses que a austeridade que aí vem é a perspectiva de inviabilidade económica do seu arquipélago cujo modelo de desenvolvimento apresenta sinais evidentes de esgotamento. Turismo e construção, os dois motores de crescimento da região estão – e tudo indica que vão continuar – em declínio, uma tendência que Alberto João Jardim falhou em contrariar, e para qual não se conhece uma estratégia de combate convincente. Um programa de ajustamento tem de levar este desafio em conta.

 

É habitual ouvir que não houve uma bolha imobiliária em Portugal. Mas isso não é bem verdade. Na Madeira, uma parte importante do dinamismo das últimas décadas dependeu do sector da construção – de túneis como habitualmente se vinca, mas também de equipamentos e habitação sociais (e alguma habitação privada). Uma análise às vendas de cimento em Portugal e na Madeira são esclarecedoras:

 

 

Índice de vendas de cimento (1991=100)

 

Fonte: INE, Direcção Regional de Estatística, Negócios  (No caso da Madeira, o índice foi construído a partir da série de vendas de cimento da Direcção Regional de Estatística; no caso de Portugal o índice é apenas uma transformação do índice divulgado pelo Banco de Portugal)

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Quem disse que a economia não era flexível?

04/10/2011
Colocado por: Pedro Romano

Durante os últimos anos gerou-se um debate acerca de qual défice deveria ser a prioridade política do Governo: o défice orçamental, que foi reduzido pouco a pouco mas que se manteve persistentemente acima do valor estabelecido pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC); ou o défice externo, que atingiu valores estratosféricos – chegar aos 10% tornou-se comum – mas que foi recorrentemente desvalorizado pelos partidários da “doutrina Constâncio”, segundo a qual os saldos externos não têm importância no contexto de uma União Monetária.

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