Boas saídas em 2012
Nesta época do ano, é habitual desejarem-se boas entradas no novo ano. Mas, no actual contexto, é mais avisado e oportuno desejarem-se boas saídas.
Economia polémica
Não é que seja incomum ver economistas em desacordo, mas às vezes o choque de opiniões ganha contornos caricatos – até para uma ciência que ganhou no século XIX o epíteto pouco abonatório de “dismal science” (a “ciência sombria”, numa tradução livre).
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Dívidas europeias, dinheiro chinês
Segurança numa praia chinesa em Sanya, Hainan Province, China onde se reuniram os líderes do BRIC em Abril de 2011 Fonte: Qilai Shen/Bloomberg
A proposta dos chineses da Three Gorges para comprar 21,35% da EDP incomodam muita gente. É natural: a empresa é do Estado chinês, que não é conhecido por ser respeitador de direitos humanos, nem ambientais – nem sequer da democracia, que não têm. Mas há outra razão, que é puramente económica: a Europa tem medo do poderio chinês, nomeadamente nas infra-estruturas estratégicas de energia. Daí que grande parte das críticas feitas à Three Gorges, que é o concorrente que põe mais dinheiro em cima da mesa pela EDP, tem pura e simplesmente a ver com um facto: são chineses.
Já não há consolidações orçamentais expansionistas
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Ou melhor, provavelmente nunca existiu essa proeza da política económica que passa por gerar crescimento económico a partir da aplicação de receitas de forte austeridade orçamental. Muito defendida durante quase duas décadas, a ideia sofreu um forte revés há um ano com críticas do FMI. Recentemente, ao críticos juntou-se um nome de peso: Roberto Perotti, um dos promotores mais destacados das consolidações orçamentais expansionistas. O Negócios entrevistou-o para perceber porquê.
As moedas de troca da troika trocadas por miúdos
Em entrevista ao Correio da Manhã, Passos Coelho explica a razão pela qual não abdicou do corte no subsídio de Natal de todos os trabalhadores portugueses. Explica o primeiro-ministro que “se não tivéssemos feito isso [aplicar uma sobretaxa ao subsídio de Natal] nem sequer nos tinham deixado utilizar os fundos de pensões para pagar o défice”.
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