Arquivo da categoria: Pontos críticos

Análises diárias aos temas que marcam a actualidade

Miguel Relvas quer reduzir freguesias mas falhou logo na terra natal

14/10/2012
Colocado por: Bruno Simões

 

Miguel Relvas no Parlamento. Fonte: Bruno Simão/Negócios

 

A reforma das freguesias foi idealizada por Miguel Relvas e está em marcha: até à próxima segunda-feira, os 308 municípios têm de enviar uma proposta, para uma unidade técnica que funciona na Assembleia da República, em que propõem a redução que se deve fazer no município. A lei tem critérios quantitativos – leia-se percentagens mínimas de redução – que devem ser observados nessa proposta. Mas os protagonistas da reforma foram os primeiros a desrespeitá-la.

Multiplicadores orçamentais: erros que custam caro

12/10/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

 

Vítor Gaspar nas reuniões anuais do FMI em Washington no ano passado Fonte: Joshua Roberts/Bloomberg

 

Uma pequena caixa no último relatório semestral do FMI sobre a economia mundial (Box 1.1 do World Economic Outlook) causou impacto um pouco por todo o mundo. Olivier Blanchard, economista-chefe do Fundo e Daniel Leigh, também economista em Washington, confirmam um cenário temível: durante a Grande Recessão (desde 2007) os efeitos da austeridade sobre o crescimento têm sido muito superiores ao que se assumia até agora. São erros que custam caro. Que o diga Portugal que experimentou uma subida dramática do desemprego no último ano, contrariando todas as previsões da troika e do Governo.

O Orçamento mais bélico de sempre


Colocado por: Nuno Aguiar

Do napalm aos alicates, as medidas inscritas no Orçamento do Estado para 2013 provocaram reacções violentas de várias áreas do espectro ideológico. As metáforas bélicas foram o modo de ilustração preferido de políticos, economistas e comentadores.

 

António Bagão Félix, antigo ministro das Finanças

 

A ideia que se dá ao País é que não vale a pena investir no futuro, no trabalho, na dedicação, no profissionalismo, no êxito, no sucesso. Não, não vale a pena. Porque, a partir de uma determinada altura, é um napalm fiscal, arrasa tudo. É devastador.”

 

O que nós estamos em presença é de um terramoto fiscal. A única dúvida é, na escala de Richter, se é 7, que é destruidor; se é 8, que é devastador. Porque isto dá cabo da economia.

Será que o BCE deixará Portugal para trás?

08/10/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Cadeira de Mario Draghi na sala de conferências de imprensa em Frankfurt Fonte: Hannelore Foerster/Bloomberg
 

 

A recém anunciada disponibilidade do BCE para intervir nos mercados de dívida pública da Zona Euro foi vista como uma ajuda importante para o regresso de Portugal aos mercados até ao final de 2013. Recordem-se, por exemplo, as palavras do Presidente da República quando, no início de Agosto, saudava as declarações de Mario Draghi a favor da intervenção do BCE, e questionava “porque não o BCE começar a aplicar já aos títulos da dívida pública da Irlanda e de Portugal a orientação anunciada pelo seu presidente?”. Pois bem, dois meses volvidos as notícias não são animadoras. O BCE não comprou dívida até agora, nem o deverá fazer em breve ou sequer até à entrada de Portugal nos mercados por si, como escrevemos hoje no Negócios. Vejamos o que disse Draghi sobre o assunto.