Draghi em entrevista para alemão ler
Mario Draghi à esquerda com Norbert Lammert, president of the Bundestag, em frente ao Reichstag, o Parlamento alemão, que o Presidente do BCE visitou a semana passada Fonte: Michele Tantussi/Bloomberg
Mario Draghi, o presidente do BCE, não dá muitas entrevistas. Esta semana foi uma rara oportunidade de o ler nesse registo. Sem surpresa, a entrevista foi concedida a uma revista alemã (Der Spiegel) e é, pelas perguntas e respostas, uma conversa para “alemão ler”: está lá o receio da inflação, o controlo sobre o desregramento orçamental do Sul, os riscos para a independência do BCE do novo programa de compra de obrigações, os embates com Weidmann (o presidente do Bundesbank), as taxas de juro baixas demais na Alemanha, e até o quanto Draghi gosta de passear nos museus de Frankfurt. Escolhemos aqui algumas passagens que podem ser relevantes para Portugal.
Finanças respondem ao Massa Monetária sobre contas do OE 2013
Num “post” publicado a 18 de Outubro no Massa Monetária argumentou-se que as contas apresentas pelo Governo no Orçamento não batiam bem. Face aos planos dados a conhecer em Setembro,haveria impostos a mais e despesa a menos. As conclusões decorriam da análise de documento oficiais. A história acabou por ser desenvolvida com recurso a fontes adicionais na edição de 23 de Outubro, dando conta de um recuo do Governo nos planos de cortes de despesa. Questionado a 22 de Outubro à tarde, a resposta das Finanças chegou no dia 24. A mesma nota comenta o post do massa monetária. Aqui fica a posição das Finanças e três comentários finais.
Governo esqueceu critérios de selecção de gestores hospitalares?
Foi, provavelmente, um dos pontos na área da saúde que causou maior perplexidade quando o memorando foi conhecido, em Maio do ano passado. O Governo teria de adoptar medidas para assegurar a selecção transparente de administradores hospitalares, que deveriam ter reconhecida experiência na matéria. Na quinta avaliação do memorando, este ponto desaparece.
O Orçamento Guronsan
Depois da embriaguez vem a ressaca. É para isso que existe o medicamento Guronsan: para ajudar a aliviar a dor de cabeça provocada pela ingestão exagerada de álcool. Neste Orçamento do Estado, o raciocínio do Governo parece ser o mesmo: depois da farra do Partido Socialista, o Executivo faz as vezes de colega de quarto e oferece um documento de estratégia orçamental que tenta mitigar as dores da folia dos últimos anos.
Gaspar nos encontros de Tóquio, entre FMI e Banco Mundial. Fonte: Haruyoshi Yamaguchi/Bloomberg
Europa partida ao meio
O dia 14 de Novembro deixou de ser apenas o dia da greve da CGTP. Espanha e Grécia vão juntar-se, numa greve geral conjunta internacional. Esperam-se protestos noutros países.
Há vários meses que o Sul da Europa enfrenta problemas semelhantes, mas esta é a primeira vez que os sindicatos se coordenam. A iniciativa é patrocinada pela diplomática Confederação Europeia de Sindicatos (CES).
Em Maio, em entrevista ao Negócios, o presidente da CES, também secretário-geral da espanhola Comisiones Obreras (CCOO), explicava porque é que é difícil coordenar iniciativas conjuntas a nível europeu:
12