Nas últimas semanas, muito se tem falado sobre os maus resultados do investimento em Portugal. Se as notícias são inegavelmente negativas, também vieram acompanhadas de análises exageradas ou pelo menos pouco ancoradas nos dados.
Nas últimas semanas, muito se tem falado sobre os maus resultados do investimento em Portugal. Se as notícias são inegavelmente negativas, também vieram acompanhadas de análises exageradas ou pelo menos pouco ancoradas nos dados.
Este sábado, no SBSR, Kendrick Lamar agradeceu ao público ter vindo celebrar a sua música, numa altura em que o mundo atravessa um período estranho. O concerto acabou em apoteose ao som da optimista “Alright”, um hino de movimentos como o Black Lives Matter. Isso foi horas antes de mais três polícias serem assassinados no Louisiana, subindo ainda mais a temperatura das tensões raciais nos EUA. No centro do debate está saber se negros e brancos são tratados de igual forma pela polícia.
Foram gozados por todo o mundo. Os britânicos votaram para sair da União Europeia sem sequer saber o que é a UE. Mas será mesmo assim? Ou trata-se de uma interpretação abusiva dos dados?
Não é a primeira vez que John Oliver vai mais longe do que algum apresentador de televisão já foi. Em Agosto do ano passado, tornou-se num televangelista e, poucas semanas depois, desafiou o Canadá a processá-lo. Agora, decidiu organizar muito provavelmente o maior perdão de dívida já alguma vez feito em televisão.
Estamos em Maio de 2016. Por esta altura, seria normal já sabermos o défice orçamental do ano passado. E sabemos! Mas a confusão em torno dos números tem sido enorme. Foi 4,4% do PIB? 3%? 3,2%? Estes números vão sendo citados por jornalistas, responsáveis políticos e economistas como se fossem os correctos. Afinal, para qual deles devemos olhar? A resposta depende daquilo que está à procura.
Pode pensar-se que o passado já não interessa, mas a verdade é que as regras orçamentais da Zona Euro fazem com que ele nos continue a assombrar: o facto de o défice não ter ficado abaixo dos 3% do PIB em 2015 foi determinante para Portugal não ter saído do Procedimento dos Défices Excessivos e enfrentar em Julho sanções da Comissão Europeia. Talvez este texto ajude a perceber qual foi, de facto, o buraco das contas públicas portuguesas.