Os contributos do Nobel para a economia
David Glasner explica em que consiste o contributo do Nobel Thomas Sargent para a Teoria Económica. Uma explicação simples e intuitiva da ligação entre os seus trabalhos e as célebres Expectativas Racionais, que já tinham valido o prémio a Robert Lucas (no Uneasy Money). Além disso, também estamos a ler:
1. Os contributos do outro Nobel, Sims, por Mark Thoma (I e II). A explicação é bastante mais técnica do que a anterior (no Economist's View).
2. Desemprego em massa para durar. Chris Dillow explica por que é que o debate no Reino Unido acerca de como baixar o desemprego é, em larga medida estéril. Com algumas contas simples, é possível chegar à conclusão de que o desemprego elevado só será reduzido se o Reino Unido conseguir crescer a 3,7% (no Stumbing and Mumbling).
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Afinal isto da economia será mais Darwin e menos A. Smith?
Robert Frank, da Universidade de Cornell, acabou de publicar um livro de ataque às lógicas liberais na economia, a que chamou “A economia Darwin”. “Daqui a cem anos os economistas irão considerar que o fundador intelectual da sua disciplina é Charles Darwin e não Adam Smith”, afirmou o economista no livro, citado pelo Real Time Economics. A questão central em análise é saber se a escolha individual é a melhor forma de optimizar o bem estar da sociedade ou se, pelo contrário, a busca da satisfação individual pode acabar por deixar todos pior, abrinco caminho à coordenação da acção. Este tema é já bem conhecido na economia mas, segundo o blogue do Wall Stret Journal, para Frank, o problema não deve ser visto como uma possível falha de mercado, mas antes como uma falhar estrutural do liberalismo. Além disso estamos ainda a ler:
2. A empresa do Roubini nunca teve lucros e estará à venda (CNBC)
3. A Grécia não volta a crescer antes de 2013, diz a troika (BCE)
4. Empréstimo da troika passa a maturidade de 12,5 anos e juros mais baixos (The Portuguese Economy)
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O Nobel da Economia em entrevista
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Já há Nobel da Economia. Os laureados deste ano são Thomas Sargent e Christopher Sims, pela “pesquisa empírica no domínio da causa e efeito na macroeconomia”. Vale a pena reler esta longa entrevista dada por Sargent há pouco mais de cinco anos, em que o economista fala da sua investigação. Aviso: a entrevista, de 27 páginas, é um pouco técnica. Além disso, também estamos a ler:
2. Paul Krugman fala sobre o “eterno” problema dos modelos económicos. IS-LMentary é uma explicação do modelo mais simples de análise macroeconómica (The Conscience of a Liberal)
3. A importância de Wall Street para a criação de Sillicon Valley's. Não é assim tanta, diz alguém que já lá trabalhou: James Kwak (Baseline Scenario).
Já há previsões para o Nobel da Economia
O Nobel da Economia será conhecido na segunda feira, e como habitualmente as previsões e apostas já se multiplicam. Pedro Pita Barros aposta em Ken Rogoff ou Jordi Gali e liga-nos às previsões da Reuters e à opinião no Mostly Economics. Além disto, estamos também a ler:
2. Krugman defende o Sul da Europa de ataque de Greenspan (Conscience of a Liberal)
3. Recapitalização dos bancos na agenda da Cimeira Europeia de 17 e 18 (Negócios)
4. Várias formas de medir a receita fiscal e como estas podem iludir (Ladrões de Bicicletas)
5. Eslováquia: o último resistente ao alargamento do Fundo Europeu (Washington Post)
6. Deixem-me rir, diz Anunes sobre o corte de ratings dos bancos portugueses pela Moody's (SEDES)
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Países periféricos: vítimas ou culpados?
O post no The Street Light já tem uns dias, mas continua actual: o que é que causou a crise do euro? O autor contrapõe duas explicações antagónicas – foi o comportamento “irresponsável” da periferia ou factores “sistémicos” inerentes à formação da união monetária?
Sobre o mesmo tema, mas concentrado em Portugal, António Borges, director do departamento Europeu do FMI, escreve hoje um artigo de opinião na revista Exame onde faz um diagnóstico aos desafios nacionais, enquadrando-o numa lógica de “privilégios” excessivos em Portugal. O resumo publicado pela revista não expõe ou arrisca quais são estes privilégios, para além do desequílibrio macroeconómico que resulta de níveis de despesa acima do rendimento ao longo da década do euro, o qual terá de ser combatido por uma desvalorização interna, que o departamento de Borges tem defendido que aconteça por via da desvalorização fiscal (corte na TSU e aumento de IVA). Esta é uma hipótese que está a perder apoio, mesmo dentro do FMI, com a instituição já a admitir ceder. Além disto, estamos ainda a ler:
2. A previsão mais errada do século, por Matthew Philips. Não, o mundo não vai continuar americano (no Freakonomics).
3. Uma entrevista a Daren Acemoglu, provavelmente o economista mais versátil da actualidade. Uma conversa longa e profunda acerca de regulação bancária, desigualdade, desemprego, crescimento económico, economia política, instituições e habitação (no The Region).
4. Desta vez não é diferente, por Murat Tasci. O investigador da Fed olha para os níveis de emprego e conclui que a “jobless recovery” era expectável tendo em conta a recuperação também anémica do PIB americano (Banco da Fed de Cleveland)
5. Lucas diz que na Europa os altos impostos prejudicam o esforço de trabalho. Interessante, mas aparentemente falso (Antonio Fatas)
6. Lições da crise japonesa, segundo Richard Koo (Ladrões de Bicicletas)
7. A inflação como imposto (Cachimbo de Magritte)
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