Lições económicas das revoltas populares no Egipto e Tunísia (para Pequim e Lisboa)
Barry Eichengreen, professor da Universidade da Califórnia, e Dani Rodrik, professor da Universidade de Harvard, evidenciaram na semana passada alguns dos aspectos económicos e institucionais por detrás das revoltas no Egipto e Tunísia. Discordando em alguns aspectos, ambos deixaram avisos à China. Será que também há possíveis lições para as democracias ocidentais, nomeadamente Portugal?
Crédito: Dana Smillie/Boomberg; activista egipcia manifestando-se no Cairo depois de uma manifestação falhada por intervenção policial em Maio de 2008
Pureza: direita “cairá no ridículo diante do País” se aprovar moção de censura
O líder da bancada parlamentar do Bloco de Esquerda não podia ser mais claro sobre a sua expectativa relativa à moção anunciada ontem.
Querem começar a exportar? Contratem gestores com experiência
Num momento em que as exportações saltaram para o topo da agenda mediática, o Banco de Portugal publicou esta semana um artigo que destaca a importânica da experiência dos gestores no sucesso das estratégias exportadoras das empresas portuguesas. Oportuno, até porque os factores preço e salarial levam normalmente a vantagem (ou até o exclusivo) nos debates sobre como conseguir vencer a guerra das exportações.
Crédito: imagem retirada da página de Luca David Opromolla
Merkel: “Espanha fez os seus deveres e vai por muito bom caminho”
Parece ou não parece uma professora?
Se as “ajudas” falharem na Grécia e na Irlanda, de quem é a culpa?
Grécia e Irlanda têm grandes responsabilidades nas dificuldades que hoje enfrentam. A primeira por desdenhar na disciplina orçamental, a segunda pelos abusos financeiros. Devem a si próprias a necessidade de pedir financiamento internacional, que acabou por chegar através de pacotes desenhados pelo FMI e UE. Fizeram-no em seu nome da sua solvência, mas também da sobrevivência do euro.
E assim, em Maio de 2010, a ajuda condicional a fortes medidas de austeridade foi acordada com o governo grego. O mesmo aconteceu com o executivo irlandês no final do ano. Em ambos os casos, com o objectivo de aliviar a pressão dos mercados, de forma a que os respectivos governos pudessem implementar reformas que reequilibrassem as contas publicas e externas.
Mas como é que se mede o sucesso dessas soluções? Aceitando, numa primeira fase, como bons e inevitáveis, os impactos recessivos da austeridade – na esperança que sejam as sementes de uma recuperação mais equilibrada – parece razoável definir como medida de sucesso a evolução das taxas de juro das obrigações dos dois países no segundo mercado.