Bernanke e Trichet não dançam o tango
Crédito: Chris Kleponis/Bloomberg News, na cimeira do G7 de Abril de 2006: Axel Weber (Bundesbank) à esquerda; Mário Draghi (Banco de Itália e provável sucessor de Trichet com desistência de Weber; Trichet e Bernanke.
“It takes two to tango” diz a expressão idiomática inglesa sobre a relevância da coordenação na acção humana. Pois bem, em termos de coordenação da política monetária, os líderes da Fed e do BCE definitivamente não dançam o tango. As diferenças sobre a forma como cada um se move ao som de uma mesma música económica estão aliás a ficar ainda mais evidentes com as reacções dos dois bancos centrais à subida do preço do petróleo.
Costa Pina: “Estes juros não são sustentáveis a prazo”
A frase em si é banal – Portugal acabou de aceitar um empréstimo a dois anos e meio com uma taxa de juro próxima dos 6% –, mas vinda de Costa Pina, o secretário de Estado do Tesouro, para quem todas as emissões têm sido um sucesso pode mesmo significar uma mudança de sentimento no Governo.
Quando começamos a desconfiar do amanhã
Os mercados estão hoje a pedir uma taxa próxima de 7,5% para emprestar dinheiro a Portugal a cinco anos, tendo superado o que exigem para emprestar a 10 anos, escreve o Negócios. Os investidores começam a ter mais medo do médio do que do longo prazo. Se a tendência se mantiver, restarão poucas hipóteses a Portugal que não o pedido de resgate. Quarta-feira há um leilão de dívida a dois anos e meio.
Austeridade, mas não tanto (pelo menos para os eurodeputados)
Os eurodeptados aprovaram ontem um aumento de 1.500 euros mensais nos subsídios que recebem para financiar o seu staff e gabinete, escreve o EU Observer.
Crédito: Hannelore Foerster/Bloomberg News
Os deputados têm um salário base de 7.956 euros brutos por mês, a que se somam 300 euros por cada vez que estão em trabalho em Bruxelas ou Estrasburgo. Adicionalmente recebem 19.709 euros mensais para pagar ao seu staff/gabinete, um valor que aumentará para 21.209 euros com a decisão de ontem.
Será que é demais? Há pistas que nos fazem desconfiar
Portugal sem saída: assim nos vêem ingleses e finlandeses
Os olhos do mundo têm estado em Portugal e são vários os órgãos de comunicação social que têm passado pela capital para descrever a triste história de um País a caminho de uma profunda recessão e sem margem de acção governativa. Exemplos recentes são os de duas reportagens televisivas que foram para o ar a 14 e 18 de Fevereiro, na Finlândia e Grã-Bretanha, respectivamente. Aqui ficam alguns dos excertos de como Portugal está a ser visto lá fora através das câmaras de filmar da areena e da BBC.
Crédito: Miguel Baltazar, Lisboa, 10.02.11