Pedro Lains: “Vamos lá testar o que de facto sabemos”
Nota do editor: Pedro Lains, professor no ICS e bloguer, entre outros, em Pedro Lains, aceitou o convite do massa monetária e, até ao final de Abril, publicará os seus posts também nesta casa.
É fácil dizer: eu teria feito melhor. Mais fácil ainda é dizer isso no plural. Claro. A realidade está aí e pode ser avaliada e é obviamente negativa. A alternativa, o caminho alternativo, não está aí e não pode ser facilmente avaliado. Mas será positiva ou menos negativa? Embora, na verdade, não o saibamos, até parece que todos sabem a resposta. Sobretudo os do actual partido da oposição ou os que estão descontentes com o actual governo. Pois. Quem escreve estas palavras acha que é bom ir para eleições e que outro partido que não o do governo deve ganhar – é um desejo a que não corresponderá um voto, numa contradição que não valerá a pena justificar aqui.
Mas quem escreve estas linhas também acha que foi feito aquilo que devia ter sido feito e que um governo do maior partido da oposição não teria feito muito melhor.
O paradoxo da inevitabilidade das eleições
Índice de aprovação política da Marktest:
Fonte: Marktest; PSD: Luis Marques Mendes até Setembro.07 / Luis Filipe Menezes desde Outubro.07 / Manuela Ferreira Leite desde Junho.08 / Pedro Passos Coelho desde Abril.10
Em princípio, o melhor momento para uma oposição enfrentar eleições será o pior momento para o Governo. E vice-versa. Mas estes dados sobre a popularidade de cada um dos líderes em Portugal permite desconfiar sobre um acontecimento paradoxal: este pode mesmo ser o momento mais vantajoso para eleições, tanto para Sócrates como para Passos Coelho.
Está a dar-se uma revolução silenciosa no governo económico europeu
1. Está a acontecer uma revolução silenciosa no governo económico europeu (EU Observer)
2. Mapa dos empréstimos do FMI no mundo (FMI)
3. Medidas de austeridade na Zona Euro (Reuters, Dez. de 2010)
4. Um problema lógico (Sedes)
5. Os bancos portugueses começam a preocupar (FT Alphaville)
Doutrinas de choque e a perda de soberania dos periféricos
Os mais críticos da União atiram sem pudor que uma das inevitáveis conclusões da actual crise da UE – e da forma como está a ser gerida no tabuleiro político – é a perda de soberania das periféricos a favor do “core” europeu e de uma linha política liberal. O acordo da última semana foi fértil em argumentos para esta linha de argumentação.
26 mil já disseram que gostaram
(Actualização: 16:35: 40 mil “partilhas”, 40 mil “gosto”)
Em clima de austeridade profunda, o Negócios avança hoje com a noticia de que o Governo pretende baixar o IVA aplicado ao golfe de 23% para 6%. Até à hora de almoço cerca de 26 mil pessoas disseram que gostaram através do Facebook. No Negócios há já mais de 40 comentários.